(por Roberto Prado)

Ideologia, ah!, a ideologia.

Não estou me referindo à palavra ideologia no sentido popular, como se usa em administração pública, na política do dia a dia, mas dentro de uma concepção ampla, científica, se quiserem.

Malandra a ideologia, que vive de falsificar pensamentos e traficar conclusões absolutas.

Desta maneira, ela pode ser vista como instrumento de dominação. Na verdade é a herdeira da força bruta, mas, de qualquer maneira, uma força que aliena a consciência humana.

A danada da filosofia monta discursos que mascaram um objeto, fingem uma ideia, escondem uma serpente. E assim oculta suas reais intenções, pois ideologia pede resultados e não a liberdade. Ela se comunica por eslogans e palavras de ordem.

Malvada ideologia, joga focos de luz apenas nos aspectos da realidade que interessam a quem quer dominar a tigradinha. Algo feito para dar enredos a quem quer simular uma falsa consciência. Ou uma consciência paralela, como queira, se você se liga tanto na utilidade dela. Ideologia é utilitária, despreza a filosofia e por tabela, o pensamento em qualquer expressão que a contrarie.

Fico com Buda: tudo é ilusão.