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Política • 14 out, 2022

Pólio: prefeitura da capital amplia cobertura vacinal


A Prefeitura de Campo Grande tem buscado mobilizar e conscientizar toda a sociedade sobre a importância da vacinação, sobretudo contra a poliomielite  em razão do risco de reintrodução da doença diante do baixo índice de cobertura vacina . O Município mantém mais de 70 locais abertos durante a semana e tem adotado estratégias como a busca ativa e ações itinerantes para atingir o maior número de crianças ainda não vacinadas.

Ao todo, são 73 unidades  básicas e de saúde da família abertas de segunda a sexta-feira durante todo o dia para vacinação. Aos sábados e feriados são abertas unidades de referência e realizadas ações extramuros e itinerantes em espaços de grande circulação de pessoas, como shoppings, por exemplo.

A  Secretaria Municipal de Saúde (Sesau)  também tem intensificado as ações de vacinação nas escolas municipais infantis, as EMEIS, com o apoio das unidades de saúde.

O secretário municipal de Saúde José Mauro Filho destaca que a estratégia tem por objetivo ampliar a cobertura vacinal e proporcionar o acesso da vacina às crianças.

“O Município tem buscado estratégias para facilitar o acesso e assegurar o direito da criança se vacinar. É muito importante proteger nossas crianças de doenças que podem voltar a circular”, comenta.

José Mauro lembra da necessidade da conscientização dos pais e responsáveis para que a criança exerça o seu direito de vacinar. ” Nós estamos fazendo a nossa parte e é preciso que a nossa sociedade se sensibilize”, comenta.

Oficialmente, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite  foi encerrada no dia 30 de setembro. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) expediu comunicado estabelecendo o prazo até o dia 31 de outubro para que os municípios possam fazer o registro das doses aplicadas.

Atualmente, a cobertura vacinal entre crianças de 1 a 4 anos  é de 28%. Ou seja, do público estimado em 57,4 mil crianças, apenas 16,3 mil foram vacinadas. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é que 95%.

A vacina contra poliomielite protege crianças da doença que ficou popularmente conhecida como Paralisia Infantil, e há mais de trinta anos não há novos casos registrados no Brasil. Contudo, a decisão de uma nova campanha partiu do princípio de que o vírus ainda estar circulante em alguns países e haver casos novos em locais onde não se tinha mais registro da doença, como é o caso dos Estados Unidos, que confirmou o diagnóstico em um adulto não vacinado em julho.

“O perigo é que tenhamos o mesmo cenário que se apresentou em relação ao sarampo. Em 2019, Campo Grande registrou novamente um caso da doença, em uma criança que ainda não tinha recebido a vacina e havia viajado para São Paulo”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.

Segundo o gestor da pasta de saúde, cada novo caso fora do país representa um risco maior para os moradores de Campo Grande. Além desta campanha, acontece também a de multivacinação para atualização de caderneta, que tem como público crianças e adolescentes de até 14 anos.

Em Campo Grande, no ano de 2022, foram notificados quatro casos suspeitos de paralisia flácida aguda. Sendo dois casos residentes em
Campo Grande e os demais dos municípios de Ponta Porã e Três Lagoas. Todos os casos foram analisados e descartados.

Proteção

A única forma de evitar a paralisia infantil é a vacinação de todas as crianças até os 4 anos de idade. No Brasil são utilizadas duas vacinas: inativada poliomielite (VIP) e oral de poliomielite (VOP).

Consiste na administração de três doses de VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo preconizado de 60 dias entre as doses, sendo o intervalo mínimo de 30 dias.

Devem ainda ser administradas duas doses de reforço com VOP, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade e em todas as campanhas de vacinação realizadas antes da criança completar 5 anos.




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