A violência contra profissionais da saúde, um problema crescente no Brasil, ganhou um trágico destaque em Mato Grosso do Sul. No dia 18 de novembro, o médico Edvandro Gil Braz foi brutalmente assassinado enquanto trabalhava em Douradina, em um crime motivado por insatisfação com o atendimento prestado à esposa do agressor. O caso trouxe à tona a vulnerabilidade dos trabalhadores da saúde.

Representantes do Coren presentes na sessão da Asssembleia com a deputada Lia Nogueira 

Em resposta ao ocorrido, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) apresentou um Projeto de Lei que institui a “Campanha de Combate à Violência contra os Profissionais da Saúde”. A proposta prevê ações anuais de conscientização na semana do dia 18 de novembro, reforçando a necessidade de proteger esses profissionais.

Casos de violência: uma realidade frequente

O caso de Douradina não é isolado. Agressões físicas, verbais e ameaças são parte do cotidiano de muitos profissionais da saúde, que enfrentam não apenas a sobrecarga de trabalho, mas também a hostilidade de pacientes e acompanhantes. Esses episódios refletem a fragilidade do sistema de saúde e o impacto emocional sobre aqueles que estão na linha de frente.

Reconhecimento e desafios

Lia Nogueira reconhece que, como em qualquer profissão, há maus profissionais na saúde. No entanto, ela destaca que essa minoria não pode justificar ataques à categoria como um todo.

A parlamentar também lembrou que, durante a pandemia de COVID-19, os profissionais da saúde foram exaltados como heróis. “Essa percepção parece ter se dissipado, dando lugar a uma onda de hostilidade que ignora o valor desses trabalhadores”, completou.

Homenagem e conscientização

O projeto, além de homenagear a memória do Dr. Edvandro, visa destacar a importância dos profissionais da saúde, sensibilizando a sociedade sobre a necessidade de investimentos no sistema de saúde, na valorização desses trabalhadores e na garantia de segurança em seu ambiente de trabalho.