A temperatura em leve queda, sinaliza que o inverno está chegando,
faltam poucos dias para o início da nova estação, e, infelizmente, a nossa
região começa a sentir mais fortemente, a presença do novo corona-vírus,
transformado em pandemia, que tem ceifado milhares de vidas por todo o
Planeta, afetando com maior ênfase, as pessoas da terceira idade que
estão expostas ao perigo desse vírus mortal.

Trata-se de um fato inquestionável, fora do controle das autoridades, até
porque, não existe um antídoto capaz de combater o avanço dessa nova
ameaça à humanidade, pois, ela surgiu repentinamente, sem que houves-
se a mínima possibilidade de defesa por parte da comunidade científica
internacional, e, como não se trata de um evento rotineiro, até mesmo os
equipamentos básicos para o atendimento das pessoas afetadas, não se
encontravam disponíveis, como por exemplo, os respiradores.

O Poder Público, com a estrutura disponível, considerada insuficiente, se
viu atortoado com tamanha demanda, além do pânico da população que,
desconhecendo os sisntomas da doença, procuraram os Postos de Saúde
de forma desordenada, o que acabou por aumentar a contaminação pelo
contágio com pessoas afetadas, e, como consequência, transportando o
vírus para o seio de suas famílias.

A população de idosos no Brasil, vem apresentando um crescimento bem
significativo ano a ano, segundo dados do IBGE, o que preocupa o setor de
saúde do governo, em relação aos recursos financeiros alocados no Or-
çamento Anual. O envelhecimento é um processo natural da vida humana,
contudo, ao atingir essa faixa etária, começam a surgir os problemas de
saúde que requer atenção não apenas do Sistema de Saúde Pública, mas,
e principalmente dos laços familiares.

É justamente na velhice que os idosos mais necessitam do carinho, dos
cuidados e da atenção por parte dos filhos e netos, eles já cumpriram com
o seu dever perante o país e a sociedade, portanto, não mais representam
uma força de trabalho, porém, são eles um acúmulo de experiências e

sabedorias, e por isso mesmo devem e merecem ser reverenciados. Eles
requerem a paciência e a tolerância de todos, pois, basta apelar para a
sensibilidade para entender que um dia, foram jovens como vocês!

Gostaria de sugerir que, uma mega campanha publicitária projetada pelo
Poder Público e Sociedade Organizada, que possa conscientizar a popula-
ção de como lidar com nossos idosos sem que eles possam se sentir cons-
trangidos, mas sim, amados, respeitados e festejados. E para isso, mais do
que um cobertor, só mesmo muita demonstração de amor.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista