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Artigos • 07 mar, 2019

Carnaval, sonhos, alegrias e lucros sociais (artigo)


A maior festa popular do planeta é realizada em nosso país. Essa efeméride, cuja existência a história registra como sendo o ano de 2000 A.C. no Antigo Egito, sobrevive com seus encantos e magias a tantas transformações ocorridas no campo do conhecimento humano, em que nem mesmo as guerras mais destruidoras conseguiram abalar a motivação de milhões de seres humanos mundo afora.

As comemorações dos festejos do rei Momo contagia pessoas de todas as idades e classes sociais. É, sem dúvida, a ocasião em que o mais humilde dos cidadãos, travestidos de reis, rainhas, príncipes e princesas, desfilando por ruas e avenidas vivem intensamente as suas fantasias naqueles poucos momentos de glória e prazer, recebendo os merecidos aplausos da plateia, uma apoteose inesquecível da vida e que move as pessoas a participarem de tão empolgante efeméride.

Com o fim dos festejos de momo, inicia-se a Quaresma, e o Carnaval nos proporciona ainda uma lição de cultura, eis que, ao contrário do que muita gente imagina, o Carnaval é uma festa de origem cristã, motivo da existência da Quarta-Feira de Cinzas, ato simbólico da Igreja Católica, em que os fiéis fazem suas reflexões até a Páscoa. Como se pode observar, existe uma conexão entre a religião católica e o nosso Carnaval.

Contudo, a crise econômica que perdura e que causou desequilíbrios nas finanças públicas, deixando-as combalidas, aliadas à falta de criatividade de muitos gestores públicos, levando-os ao cancelamento de tão importante efeméride, acaba por esmorecer aquelas pessoas dedicadas e abnegadas que colocam sua boa vontade, sua energia, sua alegria na preservação da cultura carnavalesca, mesmo nos pequenos municípios, pois, os mais prejudicados são as nossas crianças, que precisam absorver esse sentimento ainda na infância, para levá-lo adiante para outras gerações, perpetuando algo lindo e maravilhoso.

Alguns leitores devem questionar – mas onde está o lucro social? – Pois bem, esse lucro, que não é medido ou contabilizado financeiramente, é representado pela satisfação do povo, pela sua alegria, pela participação espontânea, pela alegria de viver momentos tão maravilhosos com suas famílias e amigos. É um direito que está inserido na Constituição Cidadã, é a justiça social que deve atingir a todos os brasileiros que têm direito ao lazer e ao bem-estar, qualidades que devem ser observadas pelos gestores públicos, para a preservação dos valores éticos e morais; tais componentes devem ser reconhecidos como lucros sociais.

Por Benedito Rodrigues da Costa 

(Economista)




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