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Artigos • 23 maio, 2022

Pedágios – parte II


(Cláudio Henrique de Castro ) –

O que significa debater os pedágios, diretamente, com a população que paga a conta?
É planejar as coisas sem deixar de ouvir a povo afetada, bem como, as valorosas
cooperativas paranaenses, para se saber se a continuidade nos trechos anteriormente
pedagiados interessa à economia paranaense.

Devemos ouvir, através de plebiscito, as cidades de Porto Amazonas, Irati,
Prudentópolis, Imbituva e Lapa. Saber se São Luiz do Purunã, Ortigueira, Imbáu, Tibagi,
Palemeira, Carambéi e Jaguariaíva, querem a continuidade de praças de pedágios.

Se a próspera São José dos Pinhais, Jacarezinho, Sertaneja, Mandaguari, Castelo
Branco, Arapongas, Floresta, se a rica Campo Mourão, Corbélia, Candói, Laranjeiras, Cascavel,
Céu Azul e São Miguel do Iguaçu, querem pagar essa conta.

Há quem pense que o pedágio é necessário, que os vinte cinco anos de desacertos e
obras não realizadas não importam ao debate.
Temos que nos submeter ao flagelo de pagar essa conta novamente?V

Vamos discutir isso no voto e não por meio de lobistas e representantes privados?
Outro fator, importantíssimo, é o tempo de duração das futuras concessões.
Se o tempo é menor, por exemplo 5 ou 10 anos, as obras têm que ser mais rápidas e
sem a enrolação de aditivos duvidosos ou superfaturados.

Assistimos o mundo civilizado construindo trincheiras e até viadutos, num final de
semana ou em trinta dias.
E aqui no Brasil? Para as mesmas obras são necessários anos e até décadas para se
fazerem as mesmíssimas obras.

Há modernas tecnologias construtivas que o mundo dispõe, mas elas não são
utilizadas pela engenharia brasileira. Por que será?
Resumindo: tem que se dar ampla publicidade de todas as obras que foram suprimidas
e “substituídas” nesses 25 anos de pedágios no Paraná.

Se o asfalto utilizado pelas concessionárias tem, realmente a qualidade que foi
contratualmente prometida, por quais razões alguns trechos têm panelas de buracos nas
estradas?

Temos que ouvir os municípios e à população envolvida que pagará os pedágios,
inclusive, nos trechos supernovos, nos quais sequer se sabe ao certo, quais serão as tarifas e
quais obras se pretendem executar.

Por último, onde foram parar aquelas plaquinhas de pedidos de desculpas das
concessionárias que ficaram alguns dias nas praças de pedágios e, súbita e repentinamente,
desapareceram?

O debate público deve ser instalado nessa questão.




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