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Campo Grande • 22 mar, 2018

Eleição para diretores da REME é debatido com a categoria na Câmara


Em busca de uma gestão democrática, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizaram, na manhã desta quarta-feira (21), Audiência Pública para discutir com as categorias do setor da educação o Projeto de Lei n. 8.811/18, de autoria do Executivo Municipal, que institui a gestão democrática e dispõe sobre a eleição direta para diretores e diretores adjuntos das unidades escolares da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande MS – (REME).

De acordo com o presidente da Casa de Leis, Prof. João Rocha o Projeto representa um avanço para a educação de Campo Grande. “Estamos participando de um momento histórico, que representa avanço na história da educação, o tempo irá nos dizer, assim eu espero para a educação da nossa cidade. Estamos democraticamente abertos para ouvir, absorver a experiência de vocês, buscar a contribuição. Vamos tomar uma decisão importante, porque a Câmara vai votar esse projeto, aqui é uma casa política, mas tem técnica também, eu creio que você faz política com substância, com musculatura, quando essa política vem embasada de conhecimento, experiência e concretude. Esperamos tirar dessa reunião de hoje a sabedoria de vocês, para que na hora de votar possamos estar subsidiados com conhecimento para proferir o nosso voto, buscando o melhor resultado para o cidadão”, esclareceu.

Conforme explicou o vereador Valdir Gomes, presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto da Casa de Leis e membro da comissão que elaborou o texto para o Projeto da eleição para diretores, “foi montada uma comissão com a participação de três vereadores, juntamente com representantes da ACP, Condaem, Semed, para elaborar um texto para o Projeto que institui eleição para diretores de todas as unidades escolares de ensino de Campo Grande. O Projeto que chegou nesta na Casa não foi direcionado para diretores de Ceinfs, é para ir todo mundo ou um grupo só, é isso que tem que ser definido”, indagou o parlamentar.

Para Fábio Reis, diretor do Condaem (Conselho de Diretores e Diretores Adjuntos das Escolas Municipais e Diretores de Ceinfs de Campo Grande), um dos instrumentos da gestão democrática é a eleição para diretores, “partindo deste princípio, nós como representantes dos diretores fizemos parte desta comissão de elaboração do texto do Projeto também, debatemos este documento durante três meses, fizemos um estudo pensando naquilo que fosse melhor para atender os anseios e necessidades dos gestores. Quando se propõe uma Audiência Pública é para que possamos colocar alguns pontos que não estejam totalmente evidenciados e claro para nós”, ressaltou.

Segundo a professora Cida, também membro da comissão que elaborou o texto do  Projeto de gestão democrática, “estamos estudando o Projeto para eleição direta desde 2013, várias comissões já se formaram. A história da gestão democrática é uma longa história. Essa história de que Ceinf é creche já está ultrapassada, Ceinf é unidade escolar. Se o texto do Projeto que veio da Prefeitura chegou na Casa de Leis com redação diferente do que foi feito pela comissão, não menospreze nosso serviço, nossa luta é pela categoria toda”, alegou.

Segundo o vereador Delegado Wellington, membro da Comissão Permanente de Educação e Desporto da Casa de Leis e membro da Comissão que discutiu elaboração do texto do Projeto. “Foi discutido nessa comissão um Projeto, e não é o mesmo que deu entrada nesta Casa, peço que refaçam as alterações e retorne novamente. Sou a favor da gestão democrática, parte das unidades escolares estão de fora”, posicionou.

Para a professora Zélia, “na Rede Estadual de Ensino já existe eleição para diretores há 30 anos, estamos capengando”, definiu.

A secretária Municipal de Educação, Elza Fernandes explicou: “Sabíamos que não ia ser fácil, não ia ser uma missão fácil, tanto a secretaria como o prefeito nos colocamos à disposição quando iniciamos essa discussão, essa discussão vem desde 2013, é um anseio da categoria, anseio dos diretores, quero deixar bem claro, que a secretaria sempre esteve à disposição para que esse projeto fosse aprovado e essa eleição se concretize. São pelos alunos e pela educação  que estamos aqui, nosso foco é o aluno e fazer o melhor para que possamos atender as nossas crianças”, destacou.

Já Lilian Teles, membro da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais de Educação Pública), destacou que a preocupação é com aluno, mas também com os professores, “tenho que me preocupar com os alunos, mas também com quem está à frente desses alunos, que são os professores, não podemos parar o Projeto aqui não, tem que virar lei”, defendeu.

Para Tânia Passos, presidente do Conselho Municipal de Educação, “Vamos construir essa história juntos, precisamos garantir o processo democrático, queremos garantir o direito dos professores, alunos e diretores, coloco o Conselho de portas abertas para todos”, declarou.

O presidente da Federação dos Trabalhadores e Educação (Fetems), Jaime Teixeira, ressaltou que a eleição é uma parte da gestão democrática. “A eleição direta é uma parte da gestão democrática, a democracia vai muito além da eleição direta, mas sem eleição direta não há democracia”, avaliou.

Para o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais de Educação Pública – ACP, Prof. Lucílio  Souza Nobre, a gestão democrática tem que ser colocada em prática. “ACP é legalista, ela não debate o que uma pessoa pensou, vem dentro de uma lógica legal. Vários municípios elegem seus diretores, vai ser uma mudança de postura na educação da nossa cidade. Estamos juntos com a educação, queremos a garantia da gestão democrática. A ACP estará sempre comprometida com o desenvolvimento da educação na Capital”, disse.

A reunião foi convocada pela Mesa Diretora.




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