“A caminho de Roma” e “Cara a Cara com Campo Grande” são os dois novos livros que o escritor e acadêmico Américo Calheiros – cadeira 07 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – estará lançando na próxima terça-feira, 09 de maio, em Campo Grande.  Ele que, em sua incursão pelo território das letras, já conta com uma dezena de obras publicadas dentre as quais destacam-se: “Da cor da sua pele”, “Na virada da esquina”, “Poesia pra que te quero” e “Campo Grande, aquarela de luz”.

Poemas com voltagem de preces

“A Caminho de Roma” inspira-se em passagens bíblicas do Antigo e do Novo Testamento que sempre provocaram em Américo as mais distintas reflexões. Dessa inquietude, com a devida licença poética, ele fez uma releitura muito pessoal e as apresenta em forma de poemas de forte narrativa sem perder a ternura espiritual.

Prefaciando a obra, padre Rodrigo Augusto de Souza, do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, destaca que “o poeta Américo Calheiros percorreu com desenvoltura o inestimável universo polissêmico da Bíblia. Tratou com enlevo as parábolas, as metáforas, os discursos, os poemas e os diferentes gêneros literários presentes na Bíblia”.

Já a escritora, poeta e ensaísta Raquel Naveira, que assina a apresentação do livro, além de comentar cada poema, traça um perfil da Roma que serviu de pano de fundo “ao embate entre forças pagãs, politeístas e a revelação do monoteísmo de um único Deus, que dera seu próprio filho em sacrifício pela salvação dos homens”. Raquel salienta ainda que a interlocução com a Bíblia e a religião constitui um traço inédito na obra do escritor e poeta Américo Calheiros.

História e cultura

“Cara a Cara com Campo Grande”, o segundo título que Américo lança no próximo dia 9, é fruto de publicações feitas por ele no facebook. Em sua quase totalidade, com revisão e devida organização gráfica, o livro nasceu do conhecimento e de seu olhar sobre a cidade, principalmente em consequência de seu trabalho como gestor da cultura por dez anos na capital.

Em 156 páginas ilustradas com fotos coloridas, Américo enfoca 60 pontos históricos e culturais de Campo Grande que muitas vezes passam despercebidos pela própria população. Com o desejo de evidenciar que a capital de Mato Grosso do Sul, apesar de jovem, tem muita história e importantes marcos turístico-culturais que precisam ser reconhecidos, valorizados e cuidados, ele percorreu a cidade de ponta a ponta elencando pontos que mais dão visibilidade à face de Campo Grande levantando um acervo vivo da sua história.

Como destaca, “Cara a Cara com Campo Grande” vem como uma ode de amor a Campo Grande. E, a propósito, o sociólogo Paulo Cabral  abre o prefácio do livro dizendo que “a empatia é percebida com mais frequência no relacionamento entre pessoas mas não se restringe ao campo interpessoal, pode se estender a inúmeros outros objetos, desde determinadas causas até lugares”. Caso do presente livro.

Fechando a obra, a professora, poeta e escritora Sylvia Cesco, no texto que denomina de interpílogo (interlúdio + epílogo), explica que Américo “nos guiou pelos encantos, recantos e belezuras de Campo Grande, verdadeiros pontos turísticos da capital de Mato Grosso do Sul”. E concluiu dizendo: “sua narrativa surpreendeu pela forma jornalística ágil e didática, como informou e roteirizou os lugares, contando sua história e suas curiosidades”.

SERVIÇO

Lançamento dos livros “A Caminho de Roma” e

“Cara a Cara com Campo Grande”

Data: 9 de maio,terça-feira – Horário: 19 horas

Local: Plataforma Cultural

(esquina da Avenida Calógeras com Avenida Mato Grosso)

Campo Grande – MS

Sobre o autor

Pernambucano de nascimento, sul-mato-grossense de coração, AMÉRICO CALHEIROS é professor, escritor, teatrólogo. Formado em Letras, com pós-graduação em Gerência de Cidades, cursou a Escola de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro, buscando aprimoramento no teatro vinculado à educação.

Criou o Grupo de Teatro Amador Campo-grandense (Gutac), escreveu e produziu mais de 80 espetáculos teatrais, introduzindo essa arte em escolas e comunidades e incentivando um grande número de artistas.

É autor das seguintes obras: Sem versos, Coletânea de textos teatrais de MS (em parceria com outros autores), Memória de jornal, Da cor da sua pele, A nuvem que choveu, Poesia pra que te quero, Na virada da esquina, Inteiras e meias verdades – reflexões em citações, Campo Grande – aquarela de luz, Cara a Cara com Campo Grande e A caminho de Roma.

É também membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul e presidente da Aliança Francesa de Campo Grande.

Desempenhou a função de presidente da Fundação Municipal de Cultura por dez anos em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, procurando sempre trabalhar pelo fortalecimento da identidade e da cultura sul-mato-grossense no Estado e além fronteiras.

Foi presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, por oito anos, na qual buscou articulação com os municípios do Estado e com organismos nacionais para defender a mensagem da cultura de Mato Grosso do Sul no contexto da América Latina.