A deputada estadual Gleice Jane (PT) criticou publicamente o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), após declarações favoráveis ao projeto que propõe anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a parlamentar, a postura do chefe do Executivo estadual representa um “atentado ao Estado Democrático de Direito” e uma “afronta à Justiça brasileira”.

A manifestação da deputada foi publicada nas redes sociais e em grupos de mensagens neste fim de semana. Gleice, que tem base eleitoral em Dourados, também defendeu a retirada do PT da base de apoio ao governo estadual:
“Reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, declarou.

🗣️ Declarações de Gleice Jane

• “A posição do governador em relação ao capcioso projeto de anistia gera preocupação, indignação e questionamentos.”
• “Conceder anistia a quem atentou contra a democracia e contra as instituições do país é uma grave afronta à Justiça, à verdade e à memória histórica.”
• “Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro.”
• “A tentativa de golpe de 8 de janeiro não pode ser relativizada ou perdoada sem julgamento e responsabilização.”
• “O respeito à democracia e aos direitos fundamentais exige que os culpados sejam devidamente punidos. Sem anistia!”

📌 Reações na bancada petista

Os deputados estaduais Zeca do PT e Pedro Kemp, também membros da bancada petista na Assembleia Legislativa, acompanharam o posicionamento de Gleice Jane e reprovaram as declarações de Riedel sobre o projeto de anistia.

O projeto em questão, que tramita no Congresso Nacional, tem gerado polêmica por buscar anistiar manifestantes e organizadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram invadidas e depredadas por bolsonaristas radicais, em Brasília.

🔎 Contexto político

A posição do governador Eduardo Riedel em apoio à proposta de anistia foi criticada por setores progressistas e partidos de oposição. O tema tem dividido opiniões entre lideranças políticas em todo o país, reacendendo o debate sobre memória democrática, justiça e responsabilização por crimes contra o Estado de Direito.

A bancada do PT em Mato Grosso do Sul sinaliza, com esse movimento, um possível rompimento político com o governo estadual.