( De Brasília) – Na entrevista de ontem no Jornal Nacional, o cearense Ciro Gomes mostrou que existe vida além da bipolarização entre Lula e Bolsonaro. Com uma desenvoltura de quem conhece bem o Brasil e de quem tem muito mais neurônios que o entrevistado de segunda-feira conseguiu apresentar suas ideias de uma maneira clara e ficou a quilômetros dos seus famosos destemperos. Ao contrário, aliás, sorriu e, talvez numa estratégia de seu marqueteiro João Santana, volta e meia dirigia a palavra para a bela Renata Vascocellos, essa sim, que se mostrou nervosa e se gaguejou em algumas perguntas. Lançou um projeto populista que batizou de “lei contra ganância”, que bate nos banqueiros, e que o apresentador Willian Bonner fez sumir na estrutura do modelo de entrevista. Os nem Bolsonaro e nem Lula, caso Ciro tivesse mais tempo de televisão e estrutura partidária, teriam motivos para serem seduzidos. Ele mostrou que possui conteúdo para crescer, mas não terá tempo para isso. No máximo será o fiel da balança para evitar que Lula vença já no primeiro turno, pois demonstrou conteúdo e potencial para sair dos atuais 7% para quem sabe 10 ou 11 pontos. Em resumo: foi bom para Ciro e também para o telespectador. A qualidade da ressonância da entrevista nos demais meios de comunicação é o que poderá repercutir, ou não, em votos para o candidato do PDT. ( Fonte – Blog do Zé Beto)