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Política

Política • 07 abr, 2025

Há democracia na economia?


Cláudio Henrique de Castro –

O presidente Trump na última quarta-feira, chamou de o dia da libertação, com a
elevação de taxas de importação, sem se preocupar com seus antigos e consolidados
parceiros econômicos.

Com esse tarifaço houve uma drástica redução do comércio internacional.
Exemplo: o país comprava um produto por 10,00 e com o tarifaço terá que pagar
25,00.

Resultado: não há mercado, nem consumidor para pagar esse valor o que pode
gerar uma quebradeira das empresas.

Tem o outro lado da moeda, para o país que impôs a tarifa elevada (EUA),
também não tem comprador.

Daí são duas recessões econômicas, para quem elevou as tarifas e para quem,
com razão, elevou-as reciprocamente, em retaliação.

Todos perdem, inclusive uma ilha que só tem pinguins, nenhum ser humano, e
mesmo assim foi abrangida pela medida.

Isso desencadeou uma tempestade financeira histórica e sinalizou uma mudança
tectônica na economia global.

Os investidores passaram da cautela para um sentimento próximo da histeria,
analistas econômicos aconselham paciência porque meses de árduas negociações estão
por vir para evitar que a economia descarrile (El pais).

E os milhões de trabalhadores que dependem desses empregos gerados pelo
comércio internacional?

Como confiar ou ter credibilidade num presidente que foi condenado em 34
processos penais? Que tentou dar um golpe de estado quando perdeu as eleições,
duvidando da regularidade do processo eleitoral? Que se declara contra os imigrantes,
mas que sua primeira esposa era tcheca e a atual é eslovena?

Agora, numa medida sem precedentes iniciou-se uma guerra no comércio
internacional que fez com que as bolsas internacionais despencassem.

Que democracia é esta que coloca milhões de empresas à própria sorte e muda as
regras econômicas internacionais, do dia para a noite?




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