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Política • 06 maio, 2019

O QUE FAZER AO ENCONTRAR UM MORCEGO EM CASA


É comum em áreas urbanas a entrada acidental de morcegos nas residências e outros prédios. Estes mamíferos são animais da fauna brasileira e tem grande importância ao meio ambiente para o controle de insetos, polinização e dispersão de sementes, entre outros.

Nas cidades, os morcegos se alojam em telhados, forros, em locais com pouca incidência de luz e com acesso livre ou podem passar por frestas de até 1 cm. Por isso, é importante observar onde eles se abrigam e ligar para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para orientações, como explica a médica veterinária Ana Paula Nogueira.

“Caso ocorra ocupação de morcegos em forros e frestas em residências é indicado um procedimento de desalojamento, que deve ser realizado pelo proprietário do imóvel. O CCZ oferece toda a orientação necessária nesse caso” destaca ela.

Nem todos os morcegos estão infectados com o vírus da raiva. Possuem hábito crepuscular e noturno, porém quando estão doentes, podem ser vistos durante o dia e caídos no chão, facilitando o contato com animais domésticos, como os cães e gatos.

A população ao encontrar um morcego na residência ou quintal (vivo ou morto) deve isolar o animal com um pano, balde ou caixa sobre ele e entrar em contato com o CCZ por telefone. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato  com o morcego e manter em dia a vacinação antirrábica anual em cães e gatos.

A vacinação é a única forma de proteção contra a doença. Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos.

Se uma pessoa entrar em contato direto com morcego ou for mordido por algum animal doméstico ou silvestre, deve procurar, imediatamente, a unidade de pronto atendimento (UPA/CRS) mais próxima.

Dados epidemiológicos
Não há nenhum caso confirmado ou em investigação de raiva em humanos ou animais domésticos em Campo Grande.

O último caso de raiva humana no município foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último surto ocorreu 1988. Após 23 anos, ocorreu um caso isolado em 2011 de raiva canina, cujo cão adquirira a doença por meio do contato com um morcego contaminado com o vírus.

O último caso de raiva em morcego foi confirmado no bairro Vilas Boas. Em 2018 foram registrados 7 casos positivos de raiva em morcegos. Em 2019, foram 3 até o momento: um caso na Vila Rosa Pires, um na Vila Ipiranga e outro na Vilas Boas, onde foram visitados 996 imóveis e feito o reforço vacinal em 233 animais.

Vacinação antirrábica
A vacina antirrábica para cães e gatos está disponível o ano todo no CCZ, todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados, das 7h às 21.

Serviço

O telefone de atendimento em caso de morcegos encontrados em residência é o 3313-5000 das 7h às 21h. Se o animal for encontrado fora deste horário, deve manter o morcego isolado e liga na manhã seguinte ao CCZ.




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