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Política

Política • 11 nov, 2020

Projeto prevê informações de similares do queijo no comercio


 

De autoria do deputado estadual João Henrique, além de esclarecer o
consumidor, o projeto de lei protege a produção da indústria do leite de
MS

Pizza de muçarela, cheese-burguer são alguns dos alimentos mais
consumidos no Brasil. Mas, saiba que ao consumir estes produtos com
queijo pode estar levando gato por lebre, já que alguns deles dizem ter
derivados de leite mas não passam nem perto disso.

Para proteger o consumidor e também o produtor de leite de Mato Grosso
do Sul, o deputado estadual João Henrique (PL) apresentou um projeto de
lei que obriga estabelecimentos comerciais do ramo alimentício a informar
aos clientes quando utilizarem produtos semelhantes ao queijo. O produto
em questão deverá constar no cardápio com a mensagem: “Este produto
não é queijo”.

A proposta é necessária diante dos graves prejuízos que a prática pelos
estabelecimentos comerciais está causando aos produtores de leite do
Estado, tanto da região de Campo Grande quanto para os da região do
Bolsão de Mato Grosso do Sul, e que têm amargado prejuízos nos últimos
anos, com a desvalorização dos legítimos produtos derivados do leite e,
consequentemente, do preço. A cadeia produtiva do leite tem a virtude de
ser a que mais gera empregos no campo, consequentemente a que tem
maior potencial de fixar o homem na terra. Mas por ter seu produtos muitas
vezes substituído, viu a renda despencar.

“O valor dos produtos semelhantes ao queijo, requeijão e outros lácteos são
mais baratos que os legítimos produtos derivados do leite, fazendo com que
os estabelecimentos comerciais do ramo alimentício os priorizem. Isso é
gravíssimo para a economia do Estado”, explica o deputado João Henrique.

Segundo o deputado, o ganho do produtor com este projeto será enorme,
porque ele voltará a ter seu produto respeitado, verá crescer o consumo de
produtos originais e legais; e o consumidor ganha também em saúde,
porque os produtos lácteos são de excelente qualidade, ricos em cálcio,
vitaminas e proteínas.

Assim, de acordo com a proposta, deverão ser disponibilizadas ao
consumidor todas as informações nutricionais e os ingredientes do produto
utilizado, deixando claro quando o mesmo contiver adição de outras
substâncias. “O consumidor tem o direito de saber que o que está comendo
não é queijo legítimo, derivado do leite e que só faz bem à saúde, ao
contrário dos análogos, que contêm amido, gordura hidrogenada, esta
última promovendo sérios riscos à saúde, como o câncer. Precisamos
proteger não só o consumidor, mas o produtor rural deste tipo de produto,
que investe, gera empregos, oferece algo de qualidade”.

O deputado esclarece que há tempos a indústria e os mercados já se
adequaram, trazendo informações nutricionais nos rótulos dos produtos
análogos ao queijo, requeijão e outros lácteos. “Então, quem compra desses
estabelecimentos produtos tem consciência do que está comprando sem
equívocos ou enganos, diferente do consumidor que compra uma bolinha
de queijo frita, uma pizza de muçarela ou um pastel de queijo e não sabe se
o que está consumindo é queijo de verdade ou não”.




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