O deputado estadual Pedro Kemp (PT) reacendeu o debate sobre as questões indígenas em Dourados, durante a sessão desta terça-feira (1). O parlamentar falou sobre polêmica gerada em uma entrevista concedida pelo economista Eduardo Moreira à jornalista Leda Nagle.

“O economista passou 10 dias na comunidade indígena em Dourados e conheceu a triste realidade da miséria, da pobreza e da fome. Ele sofreu ataques, pois a entrevista foi considerada negativa para imagem de Dourados. Mas penso que o economista não queria prejudicar a imagem de Dourados, só retratar a realidade que viu e sabemos que existe”, disse.

Kemp destacou que o economista chegou a receber ameaças de morte por falar da situação da comunidade indígena. “Achamos um absurdo isso. Ele só falou sobre a realidade que também falamos aqui na Assembleia Legislativa”, afirmou o parlamentar. Ele ainda ressaltou que o economista promoveu uma vaquinha virtual que arrecadou mais de R$ 500 mil para compra de cestas básicas à população indígena de Dourados.

O deputado Barbosinha (DEM) também se posicionou sobre a entrevista. “O economista usou verdades para trazer inverdades. Penso que a realidade dos irmãos indígenas, retratada no vídeo, é realidade presente. Mas ele generalizou essa situação para os habitantes de Dourados. E isso não é realidade vivida por Dourados”, frisou Barbosinha.

Para o deputado Zé Teixeira (DEM), a entrevista prejudicou a imagem da cidade. “Estranhei a matéria sair em 2021, pois o vídeo do Eduardo era de 2019. A entrevista denegriu a imagem sim, pois temos a Funai que cuida dos índios e o Governo do Estado complementa com mais de 15 mil cestas de alimentos por mês. Quando Dourados foi fundada, a reserva indígena já existia. Sempre houve convivência harmônica entre indígenas e a população da cidade”, defendeu Teixeira.

A questão envolvendo a situação dos indígenas na região de Dourados já foi tema de outros debates na Casa de Leis no último mês. Relembre aqui, aqui e aqui.