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Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 24 ago, 2022

A passarela está instalada


Historicamente, o brasileiro sempre deixa para última hora todos os seus
compromissos inadiáveis, mesmo sabendo que esse hábito pode lhe cau-
sar certo desconforto, como por exemplo, internet lenta e de difícil aces-
so, ou até mesmo filas intermináveis para atendimentos etc…há cerca de
dois anos, a Pandemia Covid-19 proporcionou à população um desgaste
que custou a vida de quase setecentas mil pessoas, tudo por conta da de-
sinformação, do diz que me diz etc…

Talvez, esse sofrimento possa servir de lição, e os brasileiros e brasileiras
devem estar atentos às candidaturas postas para as eleições majoritárias,
é muito comum ouvirmos a seguinte frase: “eu não perco tempo assistin-
do horário político, é só conversa mole.” Seria muito bom mudar esse tipo
de comportamento. Se o cidadão não assiste aos programas da televisão,
tampouco ouve as rádios, pior ainda, não lêem jornais, qual o critério que
utilizará para escolher os seus candidatos?

Provavelmente, o chefe fará alguma indicação, ou o distribuidor de panfle-
tos possa persuadí-lo em votar no candidato ou candidato para quem está
trabalhando; porém, esse eleitor não conhece, nem nunca viu o candidato
ou a candidata, mas, o eleitor ou a eleitora desinformados, acabam deci-
dindo por votar no candidato do panfleteiro, porque está dando trabalho
a um desempregado, ou simplesmente porque simpatizou com a foto. Isso
é o cotidiano eleitoral. Mudar esse perfil, é humanamente impossível.

Quando o cidadão incauto se omite, os candidatos espertalhões nadam de
braçadas em cima da população, travestidos de salvadores da pátria, ou
de pagadores de promessas. Os cidadãos experientes, sabem que a raiz do
problema está na falta de educação. Num passado remoto da política bra-
sileira, o Ministério da Educação introduziu na grade curricular do ensino
fundamental, uma disciplina denominada “ Educação Moral e Cívica” onde
nossas crianças tinham acesso no sistema básico da administração pública.

Hoje, infelizmente nos deparamos com uma figura que foi cognominada
de “analfabeto Funcional” trata-se de pessoas que mesmo alfabetizadas,
muitas vezes até concursadas no serviço público, mas que pregam com so-
berba, aquele conhecido jargão “ não tenho nada a ver com a política, e
muito menos com os políticos”. Infelizmente, esses indivíduos desconhe-
cem que são os políticos eleitos que ditam as ordens no país, que criam e

regulamentam as Leis, que normalmente aumentam a já elevada carga
tributária.

Os candidatos já iniciaram suas peregrinações pela busca dos votos, nas
Rádios, nas TVs, nos Jornais, nos convescotes etc.. porém, a indolência e
até mesmo a preguiça epidêmica, impedem muitos brasileiros/as de par-
ticipar com responsabilidade na escolha de nossos representantes. Para
muitos políticos, isso é uma realidade que deve permanecer, para que
possam perpetuar no poder.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista – Campo Grande




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