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Artigos • 21 mar, 2022

Caminhos da vida (Venildo Trevisan – frei )


Se escolher alguma pessoa com quem casar, não desprezará as demais, mas terá de respeitar e renunciar

Nos caminhos da vida estaremos sempre frente a frente com escolhas e com renúncias. Não escolhemos nascer.

Não escolhemos onde e como nascer. Não escolhemos o sexo e a cor da pele. Nascemos e estamos nesse mundo com muitas possibilidades e escolhas.

Se escolher alguma pessoa com quem casar, não desprezará as demais, mas terá de respeitar e renunciar. Se escolher uma profissão e desejar ser bem-sucedido, terá de desfazer-se de tantas outras.

O mesmo acontece com cargos a exercer, com vocação a cultivar e com a missão a cumprir. Caso contrário, a indecisão tomará conta e o fracasso será fatal.

Escolher bem, eis o desafio. Não se arrepender, eis o segredo. Acreditar na escolha feita, eis o ideal. Tudo será claro, seguro e otimista, desde que saiba coordenar seus impulsos, seus dons e seus objetivos.

Na Bíblia sagrada, entre tantos acontecimentos e tantas pessoas de Deus, escolhemos a pessoa de Moisés, o grande e sábio guia do Povo de Deus, a caminho da Terra Prometida.

Sua responsabilidade consistia em tirar o povo da escravidão do Egito e conquistar a liberdade na Terra Prometida.

Andava perturbado e indeciso em seu comando. Não via clara sua missão. Foi quando “o Anjo do Senhor apareceu-lhe na chama que saía do meio de uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia”.

Moisés resolveu se aproximar para ver de perto o que estava acontecendo. Vendo o Senhor que estava se aproximando, chamou-o do meio da sarça:

“Moisés, Moisés”! E Moisés respondeu: “Eis-me aqui, Senhor!” E Deus lhe disse: “Não te aproximes daqui. Tire as sandálias, pois o lugar que pisas é sagrado. E Moisés obedeceu, reuniu o povo e o conduziu até a Terra Prometida” (Ex. 3,13-15).

Deixou sua família e sua terra. Enfrentou problemas de toda a espécie: povos inimigos, guerras, fome, doenças e revoltas do próprio povo.

Essa é a sorte e a recompensa de quem corajosamente se dispõe seguir o caminho da santidade. E quem escolher esse caminho terá de renunciar ao mundo do pecado, do egoísmo e do orgulho.

Não será fácil, pois exigirá vigilância sobre si, renúncia do comodismo e compromisso com a palavra de Deus. Quem escolher esse caminho poderá contar sempre com a misericórdia e com a compreensão do amor de Deus.

Ele não abandonará a quem nele confia. Terá sempre palavras de conforto e de encorajamento. Nada mais confortador do que saber que nesse caminho será iluminado pela graça divina.

Não importa se não acredita nele. O que importa é que ele acredita em cada ser humano, independentemente de crença ou descrença.

O ser humano é livre em suas escolhas. Pode escolher assumir o materialismo ou o cristianismo. Pode escolher uma crença muito pessoal. Pode traçar linhas pessoais de pensamento e satisfazer suas buscas com algo muito seu e não querer interferências.

Cada qual vê o mundo segundo seus interesses sociais e intelectuais. Pode tentar negar o espiritual. Mas não conseguirá viver sossegado. Deus o inquietará, pois o ama. Essa é a grande e sagrada verdade: o ser humano só será feliz se acreditar em um Deus.  (Fonte – Correio do Estado)




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