Campo Grande, 05/05/2024 22:34

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Artigos

Artigos • 05 jun, 2023

O Congresso Nacional precisa ser renovado


No período do Brasil Império, já se fazia notar o Fisiologismo, a Família
Real, retornando a Portugal após o término da Guerra e a consequente
derrota de Napoleão Bonaparte, reassumiram o poder, deixando aqui o
filho D. Pedro I que ainda menor, responderia pela administração do País,
sob a tutela dos irmãos Bonifácio, pessoas merecedoras da maior confian-
ça do Rei D. João VI, e por isso mesmo, tornaram seus conselheiros.

Esses tutores passaram efetivamente a governar a Colônia, pois, detinham
poderes para nomear e demitir servidores, bem como administravam as
finanças do Reino Portugues. Éram os homens fortes do Império, e gover-
navam com mão de ferro, pois, assim fazendo, não haveria contestação das
suas ações e atitudes. O tempo foi passando, e D. Pedro I começava tomar
conhecimento dos atos da administração por parte de seus tutores.

Não foi difícil desempenhar a função de tutores do Príncipe, eis que todas
as suas vontades e caprichos eram atendidas sem contestação, assim pro-
cedendo, foram cada vez mais adquirindo a confiança de D. Pedro I, e foi
caminhando nessa direção que os tutores fizeram sua cabeça, resultando
na Independência do Brasil. Até chegar a esse ponto, não foi difícil ocorrer
nomeações absurdas, como por exemplo, nomear o pai de sua amante, que
era alfaiate, para ocupar cargo de assessor na Corte.

Estabelecida a Independência do Brasil, eis que o poder dos Andradas no Im-
perio se consolidou. Contudo, já éra sentida as ações de opositores da admi-
nistração dos Andradas, que tinham como ponto forte, o poder de nomear e
demitir. A elaboração das Leis do Império, também eram suas prerrogativas,
assim, conhecendo os pontos vulneráveis do Imperador, eles navegavam em
águas tranquilas.

Do Império para a República, pouca coisa mudou, pois o estilo dos novos go-
vernantes, não acostumados com os membros do poder, foram aos poucos se
acomodando, pois, teriam que contar com aqueles servidores experientes no
trato com as coisas públicas. Não havia interesse em criar seminários com a fi-
nalidade de obter novos conhecimentos que viessem contribuir com uma nova
filosofia no trato com as coisas públicas.

Hoje, o que se observa na Câmara dos Deputados, é que dos 513 eleitos, talvez
haja no efetivo comando da Casa, uns 13. Por que? Total falta de conhecimento
daConstituição, e o desinteresse em contratar seminários que possam abrir os
olhos e as cabeças dos parlamentares para saber que cabe ao Presidente da Casa
coordenar os trabalhos, pois, todos foram eleitos para representar com dignidade
o povo brasileiro, e não ser subjugado da forma ditatorial.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




Deixe seu comentário