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Artigos • 02 set, 2020

Os desencantos do palácio da Guanabara


(por Claudio Henrique de Castro) – 

Após 124 anos de tramitação, está finalizado o processo mais antigo do Brasil.

A pendenga foi sobre a propriedade da família real brasileira do Palácio Isabel, ou, como foi batizado pela República, o Palácio da Guanabara, atual sede do governo do Rio de Janeiro.

Alguns historiadores sustentam que a queda da monarquia brasileira não foi somente por causa da abolição da escravatura, que culminou no golpe militar chamado de República, mas em razão do Imperador Dom Pedro II descuidar da sua imagem.

A corrosão da imagem da família imperial deixava clara a fragilidade da monarquia – e do poder político, até então vinculada à estabilidade do Estado.

A etiqueta da realeza fazia parte da própria definição do poder.

Esta é razão pela qual os palácios governamentais, Brasília e as sedes de poder, sempre devem estar muito bem cuidados e seus ocupantes devem se portar como vestais e a caráter, terno, gravata e dedinho levantado quando se toma um simples copo de água.

Voltando ao Palácio da Guanabara, não se pode desconsiderar que nas últimas duas décadas o Estado do Rio de Janeiro conta com a quase a totalidade de governadores e vices envolvidos em crimes de corrupção: Pezão, Sérgio Cabral, Moreira Franco, Rosinha Garotinho, Anthony Garotinho e o mais recente, Witzel.

A família real se distanciou das elites e a gota d’água foi a abolição da escravatura, mas não cometeram crime algum.

E os governadores cariocas, cometeram crimes?

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