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Artigos • 01 set, 2023

Pasternak define: pai de pet não é pai e focinho de porco não é tomada de três pinos


Cientes do sucesso da missão onisciente de conscientizar-nos sobre o que é ou não ciência, Natália Pasternak e Carlos Orsi resolveram dar um passo além. O novo trabalho expande os horizontes do livro “Que bobagem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério” e vai impôr limites em outras áreas do pensamento humano. título do novo livro faz referência ao primeiro. Vai se chamar apenas “Que bobagem!”. Esta coluna teve acesso com exclusividade a alguns exemplos contidos na nova publicação.

Pai de pet não é pai. Os autores questionam a ausência de estudos genéticos, testes de DNA ou certidões de nascimento que comprovem a parentalidade entre tutores e cães.

Salada de fruta não é sobremesa. Importantíssima delimitação que enaltece a natureza hedonista relacionada ao ato de degustar doces depois de uma refeição. Os autores destacam a ausência de um mísero cardápio que sentencie, de forma peremptória, a relação entre sobremesa e alimentos cítricos.

Mêsversário não é aniversário. Aqui vai uma questão civilizatória: celebrações com bolo, vela, cantos de “parabéns” e convidados ficam restritas aos ciclos de 365 dias.

Cunhado não é parente. Mesmo com a evolução provocada pelas novas configurações familiares, é preciso riscar uma linha no chão. Caso a sociedade permaneça sem delimitações claras como essa, estaremos abertos ao surgimento de figuras anômalas como o “cunhado de pet”.

Cachaça não é água. Trata-se de uma evidência fartamente documentada em versos como “cachaça vem do alambique e água vem do ribeirão”. Tampouco há registros de ressacas provocadas pela ingestão de água.

Focinho de porco não é tomada. Desde que o Brasil adotou a tomada de três pinos, esse mito caiu por terra. Já não havia nenhum hábito suíno que pudesse sugerir a divisão entre espécies de 110 ou 220 volts. Tampouco registro de que um abajur foi ligado quando sua tomada foi colocada em contato com o focinho de qualquer animal.

Curupira não faz Moonwalk. Observadores internacionais não constataram uma associação direta entre o pé virado para trás e o bailado notabilizado por Michael Jackson. É necessário alertar também para a ausência de provas de que Michael Jackson tenha sido um curupira.

Cavalo-marinho não puxa carroça. Essa imagem não aparece nos registros das expedições de Jacques Cousteau, nos documentários da National Geographic ou nos desenhos do Bob Esponja.




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