Entre os consumidores abusivos da substância, a realidade é ainda pior: 75% acham que fazem uma ingestão moderada, e apenas 13% admitem que precisam mudar os próprios hábitos. A OMS prega que não há um padrão seguro para a substância, sendo que o consumo moderado equivale a duas doses por dia para homens e uma dose para mulheres. Uma dose corresponde a uma lata de cerveja de 350ml, uma taça de 150ml de vinho ou 45ml de destilado.

Ao divulgar o levantamento, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que a construção de uma “sociedade mais saudável e equitativa” passa pela adoção “urgente de ações ousadas que reduzam as consequências negativas para a saúde e sociais do consumo de álcool e tornem o tratamento dos transtornos por uso de substâncias acessível”. Elaborar estratégias de enfrentamento focadas, de fato, na realidade da população é um passo fundamental. No caso do Brasil, as medidas devem passar, necessariamente, pelo desconhecimento disseminado de que exageramos em um comportamento ligado à boa parte das nossas relações sociais. (Editorial do Estado de Minas)