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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Campo Grande • 01 jun, 2018

Em entrevista, senador Pedro Chaves comenta a greve dos caminhoneiros em MS


 

Em entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, nesta sexta-feira (01), o senador Pedro Chaves (PRB) criticou a atitude do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de condicionar a redução da alíquota do ICMS ao fim da greve dos caminhoneiros. Ele também falou sobre a migração de empresas para o Paraguai ao invés do Brasil.

“Muito me preocupou ver uma reportagem em um dos principais jornais de Mato Grosso do Sul, dizendo que o nosso governador Reinaldo Azambuja só aceita reduzir a alíquota no Estado para 12% se a greve acabar. A greve é justa e acredito que o governo estadual deveria atuar como o governo federal e dar um voto de confiança aos manifestantes, reduzindo a alíquota e atendendo as reivindicações num prazo de 30 dias”, declarou.

Segundo ele, o govenador precisa atender os anseios da sociedade e não impor o fim da greve. “A grave situação do país deveria ser contornada também pelos governos estaduais que têm tributos altos como o ICMS. Os governadores devem aceitar essa responsabilidade e reduzir a alíquota do ICMS sobre os combustíveis. Aqui em Mato Grosso do Sul o imposto é de 17%. Muito alto! Em outros estados como no Nordeste, chega a ultrapassar os 20%. É um absurdo! Então também é responsabilidade dos governadores”, destacou.

Ao apresentador João Flores, Pedro Chaves ainda comentou sobre a comissão do Senado que analisa os motivos para empresas desistirem de investir no Brasil. “Nesta semana instalamos comissão para analisar a migração de empresas brasileiras para o Paraguai. O objetivo desse trabalho é entender porque muitas empresas, inclusive do Mato Grosso do Sul, estão preferindo mudar suas atividades para o país vizinho”.
Nos últimos cinco anos, sete em cada dez indústrias que se instalaram no Paraguai são brasileiras. Para entender esse fenômeno e tentar impedir a mudança de empresas para o país vizinho, o Senado criou na quarta-feira (23), comissão externa formada por seis senadores. “No ano passado, o número de empresas que pediram informações sobre como operar no país vizinho cresceu quase 64%, tendo sido realizadas 445 consultas, contra 272 em 2016.

Uma das explicações para isso é o Regime de Maquila, lei paraguaia que estabeleceu isenção de impostos para empresas importarem máquinas e matérias-primas, desde que o produto final seja destinado à exportação. No caso, as exportações dessas empresas são taxadas com um único tributo de 1% sobre o valor agregado em território paraguaio, cobrado quando a mercadoria sai do país. “O valor é bem menor do que o aplicado no nosso país. Por isso precisamos recuperar a credibilidade e conquistar estes empresários novamente para o Brasil”.

Como relator, Pedro Chaves informou que o grupo visitará Assunção, capital do Paraguai, para entender os modelos políticos, econômicos e de incentivos para estabelecer os mesmos critérios no Brasil. “Esse trabalho é importante, pois essa migração de empresas diminui aindaais os postos de emprego e a geração de renda. A comissão então pretende entender os motivos da migração e, por outro lado, reconquistar os empresários, que são peças importantes para a geração de renda para o Brasil”, afirmou.

Fonte – A Crítica




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