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Política

Política • 05 jun, 2020

Articulações políticas ganham força na capital em plena pandemia


No PSDB fala-se na indicação do presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha, como provável companheiro de palanque de Marquinhos.

O presidente regional do PSDB, Sérgio de Paula (Foto: Reprodução)

 

  • (Willans Araújo) – Mesmo com a mudança iminente do calendário eleitoral por causa na crise na saúde, as articulações políticas em torno das eleições municipais ganham força em plena pandemia do Covid-19 (novo coronavírus), em Campo Grande, onde as principais lideranças partidárias operam no sentido de escolher seus pré-candidatos como também compor as chapas majoritárias que disputarão à sucessão do prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Embora o prefeito tenha declarado publicamente que não está focado em reeleição nesse momento de crise, a movimentação nos bastidores indica uma convergência de entendimentos entre o PSD e o PSDB do governador Reinaldo Azambuja visando uma aliança.

A saída do secretário especial Carlos Alberto Assis, da Casa Civil, motivou uma série de especulações em torno de sua indicação para vice na chapa de Marquinhos Trad, mas o presidente regional do PSDB, Sérgio de Paula, despistou, dizendo se tratar de um projeto pessoal do correligionário.

No ninho tucano fala-se na indicação do presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha, como provável companheiro de palanque de Marquinhos. Mas há movimentações internas defendendo candidatura própria.

O que se sabe nos últimos dias é que na esteira da sucessão municipal perdeu força a ideia de candidatura própria no PSDB, onde havia uma disputa interna entre os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto pela indicação, o que, talvez, seja mais um motivo para reforçar o papel de coadjuvante do partido liderado pelo governador.

Reinaldo costura acordo com Marquinhos Trad (Foto: Reprodução)

A leitura que analistas fazem é que o PSDB assumiria a prefeitura da Capital no futuro, sonho antigo de Reinaldo, que já disputou o cargo, na eventualidade de ascensão política de Marquinhos ao governo de Mato Grosso do Sul em 2022.

Outros nomes lembrados para disputar o cargo são o do ex-secretário Marcelo Miglioli (SD), deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), ex-senador Delcídio do Amaral (PTB), deputados estaduais Márcio Fernandes (MDB), Pedro Kemp (PT) e Capitão Contar (PSL) e o do ex-diretor-presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento (PP).

Apesar da divulgação sobre o interesse de Márcio Fernandes postular o cargo, o MDB pode surpreender, uma vez que dispõe de fortes opções, como o ex-governador André Puccinelli, a senadora Simone Tebet e o ex-senador Waldemir Moka, que sempre desconversam sobre a possibilidade de participar das eleições.

Indefinição

A única dúvida, no entanto, é com relação à data do pleito, uma vez que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já definiu a data para a realização das convenções para escolha dos candidatos aos cargos majoritários (prefeitos e vices) e proporcionais (vereadores), embora de forma virtual.

Segundo a decisão, os partidos têm autonomia para utilizar as ferramentas tecnológicas que entenderem necessárias para as convenções.

Desta forma, as convenções, pelo calendário eleitoral, devem ser realizadas entre 20 julho e 5 de agosto.

Ainda não há a confirmação, por causa da pandemia, de que as eleições municipais serão realizadas de fato em outubro.

Há ideias divergentes com relação ao adiamento do pleito nas duas casas legislativas (Câmara e Senado) e também no TSE, além da possibilidade de prorrogação dos atuais mandatos dos prefeitos e vereadores, como defende a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

Na verdade, a mudança na data depende dos parlamentares.

No Senado, tramita a PEC 19/2020 (Proposta de Emenda Constitucional), apresentada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) e por mais 28 parlamentares, inclusive Nelsinho Trad (PSD-MS), pedindo a prorrogação dos atuais mandatos visando à coincidência das eleições em 2022.

Particularmente, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), têm defendido que o adiamento, se for feito, seja no máximo até dezembro. Eles também são contra prorrogar mandatos.

Fonte – Conjuntura on line – Por Willans Araujo




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