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Política • 23 fev, 2022

Capitão Contar: ‘Fundersul de 2021 arrecadou mais que o dobro de 2019’


Só em 2019, o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) arrecadou R$ 712,5 milhões, em 2020 a arrecadação foi de R$ 940,5 milhões, em 2021 de R$ 1,57 bilhão. O valor arrecadado em 2021 é mais que o dobro dos últimos dois anos, sendo que a previsão para 2022 é de R$ 1,2 bilhões.
No entanto, mesmo com recordes de arrecadação, a população não vê a aplicação desses recursos na manutenção e recuperação das estradas do Mato Grosso do Sul. As péssimas condições das estradas têm causado acidentes, insegurança e prejuízos para quem trafega nas vias ou depende delas para escoar a produção. Recentemente foi noticiado pela imprensa que a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) foi condenada ao pagamento de R$ 60 mil em indenização, por danos morais e materiais, a um trabalhador que capotou o veículo na rodovia MS-295, na região de Amambai, devido aos vários buracos na pista.

A situação não é isolada e constantemente gera revolta e indignação da população que cobra do Poder Público o investimento que deveria ser aplicado para melhorar a qualidade das rodovias do Estado. Essa também é uma luta do deputado estadual Capitão Contar, que cobra incansavelmente a ampliação da transparência na utilização de recursos públicos, em especial, dos recursos do Fundersul, que tem como objetivo melhorar a infraestrutura rodoviária do Estado e Municípios.

É absurdo que enquanto o Fundersul arrecade essas cifras milionárias, as nossas estradas continuem nas condições caóticas que se encontram, gerando insegurança para os motoristas e prejuízos, principalmente, para os produtores que pagam valores altíssimos e tem dificuldades de escoar a produção. Falta respeito e responsabilidade por parte do Governo do Estado na aplicação efetiva desses recursos. Fui contra o aumento do fundo em 2019, o qual chegou a 153%, contra projetos que diminuíram a transparência na utilização desses recursos e denunciei casos suspeitos de uso indevido.Também apresentei projeto para criar conselho gestor nos municípios, visando o acompanhamento da população na utilização dos recursos do fundo, que não prosperou na Alems. Mesmo com todas essas paredes erguidas vou continuar lutando para que os recursos sejam utilizados no que a lei determina, que é melhorar a infraestrutura das nossas estradas”, declara Capitão Contar.

Em 2019, Capitão Contar votou contrário ao Projeto de Lei nº 283/2019, de autoria do Governo do Estado, que ficou conhecido como o “pacote de maldades”, que aumentou o Fundersul em até 153%. No entanto, o projeto foi aprovado pela maioria dos deputados e sancionado pelo Governador Reinaldo Azambuja.

Capitão Contar sempre se posicionou pontuando a falta de transparência na aplicação do fundo e o risco da aprovação de projetos que afrouxaram os mecanismos de fiscalização.

Em 2020, o parlamentar votou contra o PL 230/2020, que alterou a lei 1963/1999, com o objetivo de ampliar a aplicação desses recursos para materiais de informática e investimentos em contratação de empresas de projetos. A proposta também retirou pontos importantes do plano de aplicação do Fundersul, inclusive autorizando a Diretoria Executiva a alterar o plano de aplicação mesmo depois de aprovado pela Alems. O deputado ainda votou contra três Decretos Legislativos, dois de 2019 e um de 2020, pois os mesmos não traziam informações detalhadas de como seriam aplicados os recursos do Fundersul.



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