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Política • 23 mar, 2020

Comerciantes não respeitam decreto e abrem as portas nesta segunda-feira


Lan houses, barbearias e gráficas estão entre os que desrespeitaram as normas da prefeitura

No primeiro dia útil, depois de decreto da Prefeitura Municipal de Campo Grande determinar que comércios de produtos não essenciais devem permaneçam de portas fechadas, o que foi encontrado pela reportagem do Correio do Estado foram alguns locais funcionando normalmente.

Entre os comércios que funcionaram normalmente nesta segunda-feira (23), a reportagem encontrou várias lan houses, gráficas e até um salão de cabeleireiro abertos, principalmente nos bairros, onde a fiscalização é mais escassa.

De acordo o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Luís Eduardo Costa, os estabelecimentos que permanecerem abertos serão punidos com o cancelamento do alvará de funcionamento e com multa. “As pessoas não estão levando a sério essa situação. Nós precisamos se preocupar com essa doença na nossa cidade. Todos os comerciantes devem fechar suas portas, à exceção de farmácias, supermercados, hipermercados, peixarias, açougues, quitandas. Os restaurantes e lanchonetes devem manter suas mesas a 1,5 metro de distância e não atender acima de 30% de sua capacidade”, ressaltou.

Outro problema encontrado, segundo ele, tem sido em conveniências. “A maioria das denúncias que recebo são sobre elas. As conveniências têm que restringir o número de pessoas dentro delas e quando funcionam por meio de janelinhas, tem que organizar a fila para que as pessoas mantenham o distanciamento. Elas também devem fechar às 22h, não importa o que o alvará de funcionamento delas diga, nem a portinhola pode estar aberta. Elas só podem trabalhar se for ao esquema de delivery”, reforçou o secretário.

OUTROS LOCAIS

A reportagem também flagrou alguns comerciantes, como uma loja de acessórios para celular, atendendo pessoas apenas pelo lado de fora, estilo conveniência. De acordo com Costa, esse tipo de opção pode ser aderido apenas para certos estabelecimentos. “Depende do que o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) desse comércio estabelecer. Um vendedor de celular não pode fazer isso”, ressaltou o secretário.

Para quem flagrar essas atividades irregulares e quiser denunciar, o secretário orienta a entrar em contato com a Guarda Civil Metropolitana, pelo telefone 153, que funciona 24 horas.

Entre os comerciantes que permanecem com os negócios funcionando, o barbeiro Thoni Medrado, 58 anos, disse que se não abrir seu salão, não tem dinheiro para pagar as contas. “Se eu não cortar cabelo eu não como, não pago minhas coisas. Nem sei como vou pagar a prestação da minha moto. Eu não tenho medo dessa doença não, já peguei zika, dengue, febre amarela, não vai ser isso que vai me derrubar”, justificou.

Daiany Albuquerque, Súzan Benites – Correio do Estado




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