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Política • 29 mar, 2022

Pedro Kemp repercute saída do Ministro da Educação


Utilizando a tribuna virtual, o deputado Pedro Kemp (PT) falou nesta manhã (29) sobre a demissão do ministro da Educação (MEC) Milton Ribeiro, que aconteceu ontem (28) . “O Governo que prega que não há corrupção demitiu ontem um ministro por denúncias de corrupção dentro do MEC. A suspeita é de desvio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação [FNDE]. Esse é o quarto a ser demitido, os três primeiros foram demitidos porque eram pessoas desqualificadas para ocupar o cargo, e esse também pediu exoneração para não causar ainda mais desgastes ao presidente Jair Bolsonaro. Nos alegra que mais um ministro da Educação, incompetente que não tem qualificação para ocupar esse cargo, ir embora”, destacou.

A saída do ministro aconteceu após a divulgação nacionalmente de áudio em que ele revelava a participação de pastores em reuniões, no ministério. “Na gravação o ministro dizia repassar verba do ministério aos municípios indicados por dois pastores, um deles seria Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos [Conimadb], o outro seria Arilton Moura, da Assembleia de Deus, e que isso atendia uma solicitação especial do presidente da República. Isso revela a existência de um gabinete paralelo com a participação de pastores no Ministério da Educação, com trânsito livre, atuando como lobistas, interferindo na agenda e repasse de verbas”, revelou Pedro Kemp.

O parlamentar ainda informou que inquéritos foram abertos para apurar o fato. “A ministra do Tribunal Superior Eleitoral [TSE], Carmem Lúcia, e a Polícia Federal [PF] abriram inquéritos para investigar o ministro, um ministro que se alinhou à posições conservadoras e foi conhecido por suas declarações polêmicas. Falou que a homossexualidade era ligada às famílias desajustadas, disse que o ensino superior deveria ser para poucos, quando afirmou que a universidade não deveria ser para todos, e ainda que crianças com deficiências atrapalhavam o ensino das que não tinham deficiência, um retrocesso na luta pela inclusão da educação especial em escolas”, concluiu Kemp.




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