O deputado estadual Zeca do PT estará nas próximas terça e quarta-feira (7 e 8) em Brasília defendendo interesses da agricultura familiar e dos povos indígenas, junto ao governo Lula.

A viagem foi comunicada na quinta-feira (2) aos deputados e oficializada junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Zeca tem audiências marcadas com os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social), e também deverá se reunir com o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, cujas agendas devem ser confirmadas na segunda-feira (6).

Em Brasília, o deputado defenderá a necessidade urgente de titularização e regularização fundiária dos assentamentos.

Para ele, “é inadmissível que um assentado esteja há 10, 15, 20, 30 anos de posse da terra, em sua pequena propriedade, e não receba do governo o título definitivo para que possa, inclusive, negociar com bancos”.

A necessidade da abertura de linha de crédito subsidiado para implantar cooperativas dos assentamentos também será defendida por Zeca. “Estive na Itamarati (Ponta Porã) e lá os assentados secam o milho no asfalto do aeroporto”, disse Zeca, lembrando que é preciso ainda linha de crédito para construir armazéns graneleiros para agricultura familiar. “Farei a defesa da abertura dessas linhas de crédito ao governo Lula”, afirmou.

“Vou levar a Brasília uma proposta e quero registrar com enorme carinho a contribuição que nos deu o presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes Monteiro, de criação do programa “Brasil Trifásico”, revela Zeca, para quem a “energia monofásica não resolve mais; é só ligar um triturador e cai a energia da casa”, justifica, acrescentando que “esse programa é importante se queremos agroindustrializar a pequena propriedade rural”.

O deputado apresentará uma ideia que ele “tem certeza de que o presidente Lula irá adorar”: a criação das “Agências da Agricultura Familiar” pelo Banco do Brasil, nos municípios com grande concentração de assentamentos como Nioaque, Sidrolândia, Ponta Porã e Rio Brilhante, em Mato Grosso do Sul. “Hoje quando um cidadão entra no banco com mãos calejadas e botina suja não tem o tratamento que merece”.

Quanto aos povos indígenas, Zeca do PT, defenderá a criação de mais duas unidades de Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) em Mato Grosso do Sul, a fim de promover a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolve atividades administrativo-gerenciais necessárias à prestação da assistência.

Mato Grosso do Sul tem a maior população indígena do País e Zeca defende a criação dos órgãos em Amambai, para atender os indígenas Guarani e Kaiowás, e em Aquidauana, para os Terena e Kadiwéu, que se somarão ao existente em Campo Grande.

No estado de Mato Grosso, por exemplo, com população indígena inferior ao Mato Grosso do Sul, existem 04 Dsei