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Artigos • 07 nov, 2019

Tiago Nunes troca paz por turbulência corintiana (Juca Kfouri)


Aplausos pela coragem, mas treinador fez a opção pelo mais difícil

​​Tiago Nunes ouviu a primeira aproximação do Corinthians quando o Athletico veio jogar em Itaquera, no dia 10 de outubro, pela 24ª rodada do Brasileirão, empate em 2 a 2.

Portanto, no mínimo, há quase um mês o presidente corintiano Andrés Sanchez já pensava nele, embora dissesse que Fábio Carille tinha contrato até o fim de 2020 e o cumpriria.

Quem gosta do estilo Sanchez de ser há de elogiar a precaução de estar preparado para a eventual queda do treinador que dizia prestigiar.

Afinal, em menos de 48 horas após a demissão de um técnico o clube já tinha outro.

Nunes deve saber em que barco está entrando porque conviveu no clube paranaense com Paulo André, de larga e bem-sucedida experiência no Corinthians.

Paulo André foi comandado por Nunes como jogador. Depois, virou seu superior na comissão técnica do Furacão.

Acostumado com o estilo centralizador de Mario Celso Petraglia, Nunes terá no novo chefe mais que isso, porque Sanchez é também autoritário, mas com uma diferença digna de nota: Petraglia é claro em seus objetivos, briga como leão por eles e é extremamente franco. Entre seus defeitos não cabe o da mentira. E é inegável que mudou seu clube no patamar não apenas nacional, mas continental.

Demitir Nunes ao se sentir traído é típico de Petraglia.

Sanchez também prometeu mudar o status do Corinthians e em nível mundial. Só que o rebaixou outra vez ao degrau estadual, incapaz de fazer frente a clubes com torcidas e potenciais menores.

Nunes estará exposto aos empresários que gravitam em torno do Parque São Jorge como vampiros associados à direção do alvinegro.

Terá de fazer esforço hercúleo para se fechar com o grupo de jogadores para implantar a filosofia de futebol que fez dele profissional respeitado no país.

Entre o conforto que desfrutava em Curitiba e a turbulência paulistana fez a opção pelo mais difícil.

Clap, clap, clap! Aplausos pela coragem, natural, e obrigatoriamente, compensada por generoso aumento salarial, embora em clube endividado.

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