O presidente chinês Xi Jinping alcançou nesta semana 1 marco na sua luta de 5 anos para erradicar a pobreza absoluta no país.

O governo do país define a “pobreza absoluta” como sobreviver com menos de 2.300 yuan (cerca de R$ 1.872) por ano. Nas últimas 4 décadas, de uma economia agrária primária, a China se transformou em 1 dos países de mais rápida urbanização.

A corrida às cidades deixou comunidades rurais com populações muito reduzidas e pouca oferta de trabalho. Por isso, uma das mais importantes políticas de Xi focou em 832 comunidades rurais “empobrecidas”.

Na última semana, a agência de notícias estatal Xinhua anunciou que as últimas 9 comunidades, todas na província de Guizhou, foram removidas da lista oficial de pobreza absoluta.

Há 5 anos, o líder chinês disse que atingiria a erradicação da pobreza absoluta no final de 2020, o que, segundo ele, transformaria a população em uma “sociedade de prosperidade moderada” antes do 100º aniversário de fundação do Partido Comunista Chinês, em julho do próximo ano.

Mas, apesar da notícia, meios de comunicação e especialistas não sabem dizer se isso significa o fim da pobreza na China.

A televisão estatal CGTN celebrou o marco em sua página da internet e observou que a pobreza absoluta acabou “1 mês antes do prazo estipulado”.

O Ministro de Relações Exteriores do país também se manifestou por meio de seu porta-voz, Zhao Lijian. “Os difíceis resultados são gratificantes”, afirmou Zhao em uma de suas entrevistas diárias.

Mas o próprio Xi Jinping ainda não quis comemorar. Ele disse que, antes, serão necessárias “inspeções” e “censos” e que, quando todos os requisitos foram cumpridos, o anúncio será feito pelo Comitê Central do próprio partido.