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Justiça

Justiça, Política • 09 ago, 2018

Sérgio Cabral pede a Gilmar Mendes prisão domiciliar


 

A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pediu que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), lhe conceda o benefício da prisão domiciliar ou, ao menos, permita que ele fique preso uma sala de Estado Maior. Cabral quer ter o mesmo tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, que não estão detidos em celas comuns.

Lula está na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Azeredo está num Batalhão dos Bombeiros em Belo Horizonte. Os advogados de Cabral pedem que sejam consideradas unidades da PM fluminense preferencialmente localizadas no Centro da cidade do Rio, pela proximidade com as sedes da Justiça Federal, onde ele responde a 24 processos, da Justiça Estadual, onde há dois, e do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), onde há mais quatro.

No documento, a defesa afirma que “teve de travar batalhas” com o general Walter Souza Braga Netto, interventor federal na segurança do Rio, e com a Vara de Execuções Penais, na tentativa de conseguir a transferência para uma sala de Estado Maior. Mas, até agora, não obteve êxito.

Há contra Cabral três ordens de prisão: uma do juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, responsável pela Lava-Jato na primeira instância; e duas do juiz federal Marcelo Bretas, que toca os desdobramentos da operação no Rio. Cabral também pede que os decretos de Bretas sejam revogados. Caso Gilmar concorde, ainda assim restará a ordem de Moro.

A defesa alega que não há risco de fuga de Cabral, até porque ele não poderia abandonar a família, especialmente os filhos menores. “Beira o histriônico suspeitar-se que o ex-Governador mais votado e conhecido do Rio de Janeiro, poderia, sequer empreender fuga ou de alguma forma frustrar eventual aplicação da lei penal. Além de um rosto mundialmente conhecido – impossível de passar despercebido em qualquer parte do mundo – o peticionário é homem de meia-idade, pai de cinco filhos (dois dos quais são menores), com pais vivos, todos residentes no Rio de Janeiro, onde foram nascidos e criados”, escreveram os advogado Renata Alves de Azevedo e Rodrigo Roca.

Disseram também que ele deixou o governo em abril de 2014, “não tendo mais qualquer ingerência ou participação na gestão do Estado do Rio de Janeiro – ou em qualquer outro – desde então”. Assim, não há risco de voltar a supostamente cometer os crimes dos quais é acusado.

Informações de O Globo 




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