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Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 17 maio, 2022

Graças às redes e às ruas!


(Percival Puggina ) –         A pandemia, o “Fique em casa!”, os lockdowns e o terrorismo sanitário-financeiro na comunicação social foram grandes parceiros da supressão de nossas liberdades nos últimos anos. Com os plenários em silêncio, com as pessoas guardando distância e a vida em stand-by, os vivaldinos pretenderam domar a sociedade e cavalgá-la com desenvoltura.

Só que não. Houve uma parcela que rejeitou a sela! Refiro-me àqueles que têm expressado seu descontentamento nas redes sociais e nas manifestações ocorridas ao longo do período em ruas e praças do país. Convencido de sua absoluta utilidade, estive em todas, testemunhando a indignação comum ante os avanços de uma tirania que desdenha deveres e limites constitucionais.

É principalmente através das redes sociais que, todo dia, ouço a voz das ruas. Não é raro que ali se expressem opiniões no sentido de ser tudo inútil porque nada muda. São pessoas que colhem dos eventos um sentimento de fracasso. Ele é estimulado pelo comportamento da CUJO (Central Única do Jornalismo Obtuso) que, em seus poderosos veículos, se esmera em desqualificar a representatividade dessas manifestações.

No entanto, creio poder afirmar no sentido oposto. O fato de essas manifestações públicas haverem resistido ao tempo, ao vento, à chuva e ao vírus é um sinal de contradição que ninguém – em sã ou em nociva consciência – pode deixar de ponderar. Ninguém pode desconhecer a clamorosa derrota, nesses dois territórios de liberdade, daqueles que anseiam pela consolidação da tirania e pelo retorno dos que desejam retornar para concluir sua obra sinistra.

Não é difícil entender o que estaria acontecendo no país não fosse a resistência das redes e das ruas, não fosse tão nítido o caráter ético, cívico, civilizado, familiar e verdadeiro daquilo que expressam em dimensão nacional. Imagine! Imagine se tudo acontecesse legitimado pelo silêncio nacional. Imagine se estivessem caladas as vozes dos livres, dos que desejam o bem do país e podem, pelo amor que dedicam à Pátria e por seu patrimônio moral e espiritual, fornecer a ela a energia da reconstrução e dizer basta ao arbítrio.

Serem tão odiadas e tentarem reprimi-las certifica de modo eloquente seu valor. Mostra que se há um muro intransponível, percebido como tal por tiranos e negocistas, ele está nas redes e nas ruas.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

A pandemia, o “Fique em casa!”, os lockdowns e o terrorismo sanitário-financeiro na comunicação social foram grandes parceiros da supressão de nossas liberdades nos últimos anos. Com os plenários em silêncio, com as pessoas guardando distância e a vida em stand-by, os vivaldinos pretenderam domar a sociedade e cavalgá-la com desenvoltura.

Só que não. Houve uma parcela que rejeitou a sela! Refiro-me àqueles que têm expressado seu descontentamento nas redes sociais e nas manifestações ocorridas ao longo do período em ruas e praças do país. Convencido de sua absoluta utilidade, estive em todas, testemunhando a indignação comum ante os avanços de uma tirania que desdenha deveres e limites constitucionais.

É principalmente através das redes sociais que, todo dia, ouço a voz das ruas. Não é raro que ali se expressem opiniões no sentido de ser tudo inútil porque nada muda. São pessoas que colhem dos eventos um sentimento de fracasso. Ele é estimulado pelo comportamento da CUJO (Central Única do Jornalismo Obtuso) que, em seus poderosos veículos, se esmera em desqualificar a representatividade dessas manifestações.

No entanto, creio poder afirmar no sentido oposto. O fato de essas manifestações públicas haverem resistido ao tempo, ao vento, à chuva e ao vírus é um sinal de contradição que ninguém – em sã ou em nociva consciência – pode deixar de ponderar. Ninguém pode desconhecer a clamorosa derrota, nesses dois territórios de liberdade, daqueles que anseiam pela consolidação da tirania e pelo retorno dos que desejam retornar para concluir sua obra sinistra.

Não é difícil entender o que estaria acontecendo no país não fosse a resistência das redes e das ruas, não fosse tão nítido o caráter ético, cívico, civilizado, familiar e verdadeiro daquilo que expressam em dimensão nacional. Imagine! Imagine se tudo acontecesse legitimado pelo silêncio nacional. Imagine se estivessem caladas as vozes dos livres, dos que desejam o bem do país e podem, pelo amor que dedicam à Pátria e por seu patrimônio moral e espiritual, fornecer a ela a energia da reconstrução e dizer basta ao arbítrio.

Serem tão odiadas e tentarem reprimi-las certifica de modo eloquente seu valor. Mostra que se há um muro intransponível, percebido como tal por tiranos e negocistas, ele está nas redes e nas ruas.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.




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