( Benedito Rodrigues da Costa) – Se pretendemos um sistema democrático realmente consolidado, temos que manter a
imprensa livre. Ela tem como principal função, informar e ajudar os cidadãos a
compreender os muitas vezes complicados processos do governo, e, conscientizar as
pessoas de como as decisões tomadas nos níveis mais altos os afetarão. Sua
importância é parte fundamental no processo de comunicação de uma empresa, eis
que auxilia a divulgação de suas informações, por meio da mídia, com a construção de
uma imagem positiva da corporação, perante seu público.

O conceito de Poder Moderador concebe a imprensa como a responsável por arbitrar
os conflitos entre os Três Poderes, e também, por defender o interesse público. Todas
essas atividades, inerentes a comunicação, são operadas pelo profissional conhecido
por Jornalista, que é um especialista na divulgação dos acontecimentos relevantes
para o conhecimento do público. Um fator importante na execução e propagação dos
eventos ocorridos, é a credibilidade de um veículo de comunicação. Não é difícil
deparar por exemplo, com a queda de um governante, motivado pela denúncia de um
ilícito cometido e denunciado pela imprensa.

É importante frisar que, desde os tempos de sua criação, que alguns conceitos foram
se institucionalizando com o decorrer dos anos. A imprensa, como é conhecida hoje, é
resultado de um processo milenar, precedido pela evolução da escrita, e, pelas formas
rústicas de se produzir as informações. O avanço da Ciência e da Tecnologia, foram os
responsáveis pelo surgimento de ferramentas cada vez mais utilizadas pelos profissio-
nais do jornalismo, e, pelos técnicos operadores do sistema, cada vez mais aprimora-
dos e capacitados.

É notório o comportamento de líderes políticos, onde os países são regidos por siste-
mas datatoriais, por impedirem o trabalho da imprensa livre. Eles temem a divulgação
pela mídia, de atos ilícitos cometidos pela administração, com ênfase na violação dos
direitos humanos, advindo dessa situação, as dificuldades de se estabelecer empresas
voltadas a informação e divulgação de fatos ocorridos, onde a atuação dos jornalistas
se torna difícil, e, muitas vezes impossíveis. Muitos desses profissionais, pagam com o
sacrifício da própria vida, pela investigação e divulgação de atos ilícitos.

As dificuldades sempre foram as causas enfrentadas pelos profissionais do jornalismo
de manterem um jornal de qualidade, levando ao inevitável fechamento após pouco
tempo de atividade. É muito raro encontrarmos um jornal com mais de uma década de
funcionamento. As forças políticas dominantes, exercem uma enorme pressão, boico-
tando os trabalhos dos jornalistas, e ao mesmo tempo, ensejando as dificuldades de
ordem econômica, inviabilizando totalmente sua circulação. Se pesquisarem, haverão
de encontrar um número reduzido de informativos que sobreviveram as pressões.

Aqui em Mato Grosso do Sul, temos que cumprimentar os Diretores e Colaboradores
do Correio do Estado, pela efeméride que se comemora em 7 de fevereiro, dos 69 anos
de fundação, com toda certeza, também enfrentaram sérias tempestades, felizmente,

vencidas pela coragem e tenacidade de seus fundadores. Um Jornal que honra Campo
Grande e todo o nosso Estado.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA – Economista – Campo Grande