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Artigos • 07 jun, 2020

Na boca do mentiroso, o certo se faz duvidoso


A transparência dos dados públicos é dever legal das autoridades.

Quando os agentes públicos deixam de divulgar dados oficiais sobre a pandemia, praticam improbidade administrativa e cometem crime contra a saúde pública.

O governo trata as mortes da pandemia como inevitáveis e mera estatística, passando o problema para municípios e estados, porque não tem condições de resolver o problema de forma nacional.

O Executivo compra o apoio dos parlamentares do Centrão no Congresso Nacional. Em maio foram distribuídos 6 bilhões e 200 milhões de reais do dinheiro público para garantir fartas licitações e a reeleição de prefeitos e vereadores aliados.

As bancadas do boi (agronegócios), da bala (polícias e milícias) e da bíblia (alguns grupos neopentencostais), juntam-se agora a alguns setores da Igreja Católica que recebem verbas para suas emissoras radiofônicas e televisivas – e tudo está aí, para quem quiser ver e ouvir.

Nada diferente dos tempos da ditadura, na qual o autoritarismo foi abençoado pelos setores conservadores da igreja. Os recentes aumentos salariais do topo da carreira das forças armadas são um detalhe nisso tudo.

Agora é a vez da mentira oficial, do ocultamento, do atraso e da negação dos dados das vítimas da pandemia. O pior é a negligência no combate e na tomada de decisões objetivas e ágeis. Já assistimos este filme na epidemia de meningite em 1974.

Claudio Henrique de Castro

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