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Brasil • 04 jun, 2023

Desenrola de Lula patina, fila do INSS cresce


(por Elio Gaspari, na FSP_ –

Fila aumentou 13% desde o dia em que atual presidente anunciou esse desejo

Ao assumir a Presidência, Lula disse que acabaria com a “vergonhosa fila do INSS”. Nela há mais de 1 milhão de pessoas esperando perícias médicas para receber benefícios. Desde o dia em que ele anunciou esse desejo, a fila cresceu 13%, com cerca de 500 mil pessoas.

Em fevereiro, o ministro Carlos Lupi, da Previdência, anunciou um mutirão capaz de fazer com que, ao final do ano, todos os pedidos fossem analisados em até 45 dias.

A primeira metade do ano está terminando e Lupi informa que a promessa só poderá ser cumprida se lhe derem mais recursos.

Em janeiro, o governo reiterou a promessa de campanha de Lula, para permitir a renegociação a milhões de pessoas penduradas no Serasa por dívidas de até R$ 2.600. O programa ganhou até um nome bonito: Desenrola.

Em março, Lula disse que “outra coisa importante que está para ser anunciada é o Desenrola. Está pronto, acho que na semana que vem nós vamos poder anunciar”.

Em abril, sem ter anunciado coisa alguma, Lula retomou o tema, em tom de cobrança:

“Eu lembro que dizia na campanha que, se a gente não fizer, dá a impressão de que a gente está enrolando o povo. Como o programa chama Desenrola, Haddad, eu queria que você, a sua equipe, fizesse uma conversa na Casa Civil, preparasse esse programa para a gente lançar. Por mais dificuldade que a gente possa ter, tem que ter um começo. E nós precisamos lançar esse programa para ver se a gente termina com a dívida que envolve quase 60 milhões de pessoas que estão se endividando no cartão de crédito para comprar o que comer. Não tem sentido. vamos desenrolar, pelo amor de Deus. Vamos desenrolar aí”.

O Desenrola continua patinando.


É muito provável que Cristiano Zanin seja aprovado pelo Senado e assuma uma cadeira no Supremo Tribunal FederalDesde que sua escolha se tornou pública, ele está debaixo de chumbo.

Pode-se estranhar que Lula tenha escolhido o advogado que, com êxito, defendeu-o no processo da Lava Jato, mas ele não foi seu advogado em outros litígios.

O advogado particular do presidente mandado para a Suprema Corte foi Abe Fortas, indicado em 1965 por Lyndon Johnson.

Em 1969, ele foi obrigado a renunciar porque remunerou-se por palestras numa universidade que havia recebido dinheiro de uma empresa que tinha processos no tribunal.

Se esse rigor vigorasse no Brasil, surgiriam vagas em todos os tribunais, de todas as instâncias.




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