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Política • 30 jan, 2023

Duas lágrimas por A.J. Gevaerd


(por Célio Heitor Guimarães ) – 

Explorando aleatoriamente a internet, fiquei sabendo com surpresa e profundo pesar do falecimento de Ademar José Gevaerd, o A. J. Gevaerd, na manhã do dia 9, na UTI do Hospital do Pilar, em Curitiba, onde ele estava internado após sofrer um acidente doméstico. Tinha 60 anos.

Para quem não sabe, Ademar Gevaerd, maringaense de nascimento, químico, professor e jornalista de profissão, era o mais destacado e respeitado ufólogo do Brasil e o mais conceituado ufólogo brasileiro no mundo, com constantes participações em conclaves internacionais. Tamanho era o seu conceito mundo afora que ele foi nomeado diretor brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON), a maior e a mais antiga organização investigativa dos Estados Unidos sobre a questão dos UFOs ou Objetos Voadores Não-Identificados.

Para os mal informados, explico que ufólogo é o pesquisador e estudioso do fenômeno UFO, OVNIs ou discos voadores. Isto é, aquelas coisas que as autoridades e os céticos de plantão dizem não existir (agora, os governos já começam a mudar de ideia), mas que continuam aparecendo nos céus do planeta Terra…

Gevaerd foi um dos primeiros a se dedicar ao assunto, difundi-lo e tratá-lo com seriedade. Lembro-me de um dos primeiros encontros que, ele, juntamente com Rafael Cury, Daniel Rebisso Giese e outros jovens atrevidos, promoveu no auditório da Biblioteca Pública do Paraná. Estive lá.

Depois disso, realizou dezenas de congressos, simpósios e fóruns, a maioria aqui em Curitiba, reunindo a nata da ufologia nacional, como Jaime Lauda, José Victor Soares, Marco Antônio Petit, Claudeir Covo, Irene Granchi, Luiz Gonzaga Scortecci de Paula, Ernesto Bono, Paulo Kronemberg, Gustavo Salik, Walter Buhler, Max Berezowsky, Ricardo Varella, Gilda Moura, Mônica de Medeiros, Ubirajara Rodrigues, Vitório Pacaccini, Edison Boaventura, Antônio Faleiro, Reginaldo Athayde, Alberto Romero, Thiago Ticheti, Philippe van Putton, Wallace Albino, Carlos Alberto Machado, Emmanuel Sanchez, Romio Cury, Eustáquio Patounas, Carlos Alberto Reis, Alcione Giacomitti e tantos outros, alguns já de saudosa memória. Compareci a quase todos.

Dos nomes internacionais, A. J. Gevaerd apresentou ao público brasileiro, entre outros, Budd Hopkins, Witley Strieber, Roger Leir, Nike Pope, Mike Bara e David Jacobs, além de alguns dos mais destacados contatados, como o americano Travis Walton, cuja abdução foi tema do filme “Fogo no Céu” (1993).

Em 1988, ao mudar-se do Paraná para Campo Grande (MS), Gevaerd criou o Centro Brasileiro de Pesquisa de Discos Voadores (CBPDV). Antes disso, em 1985, ainda em Curitiba, lançou a revista “UFO”, que se tornaria a melhor publicação do gênero no Brasil e uma das melhores do mundo, hoje no nº 287. Continue lendo 




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