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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 22 out, 2020

Coisas das eleições – parte IV


(por Claudio Henrique de Castro) –

1. Descobrir que em Curitiba é tão chata que não tem candidatos palhaços, engraçados
ou folclóricos;
2. Sentir falta das candidaturas do oil man e de outros personagens da feirinha de
domingo do Largo da Ordem só para imaginar eles entrariam na câmara municipal
naqueles trajes ou sem eles;
3. Descobrir que as famílias das elites locais estão na política há mais de 300 anos, com
filhos, netos e bisnetos, mas ocultam isto do eleitorado;
4. Saber que as nomeações de familiares continuam a toda, inclusive, pelo nepotismo
cruzado, que é a prática de nomear, mutuamente, a parentela em outros poderes,
discretamente, para que ninguém perceba;
5. Saber que a pandemia beneficiou os atuais prefeitos pela alta exposição que tiveram
como salvadores da pátria;
6. Descobrir que cerca de 80% do eleitorado se esquece em quem votou nas eleições
passadas;
7. Saber que equipes das campanhas eleitorais, tem desde produtores de discursos e
frases, maquiagem, efeitos musicais, indumentária e media training para treinar e
modular o discurso do candidato para captar votos dos eleitores mediante pesquisas
de opinião e tendências;
8. Se perguntar “que país é este?” ao ver o deputado federal Tiririca a cada eleição se
eleger com peças de paródia, cada vez mais hilárias, mas sem nenhum conteúdo
político objetivo;
9. Receber mensagens de candidatos pelas redes sociais e lhes dizer que podem contar
com seu apoio, morando fora do Brasil e não tendo que votar de forma obrigatória;
10. Saber que desde a década de 1960 a Suécia aboliu o pronome Excelência para as
autoridades e que no Brasil isso jamais ocorrerá em todos os poderes;
11. Descobrir que na Itália os prefeitos de pequenos municípios, são chamadas de
síndacos e não ganham nenhum tostão para administrar a cidade, nem tão pouco os
vereadores;
12. Descobrir que na Suíça toda proposta de investimento público passa pela consulta
popular direta e que não há gasto público que seja autorizado em canetas de
pouquíssimos personagens e seus grupos privados de interesse;
13. Saber que apesar dos discursos dos políticos que se referem à países da Europa e
do mundo civilizado, eles nunca farão o mesmo.




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