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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 01 ago, 2023

A Máquina Pública se Move como um Paquiderme


Quanto maior o número de Ministérios no Governo Federal, mais lenta se tornam as
decisões e as ações para a resolução de um problema, o que deixa transparecer que
os titulares das pastas ou não têm autonomia ou carecem de iniciativas. Logo após o
resultado da eleição, são criados os governos de transição, justamente para que o no-
vo governante e sua equipe, tomem conhecimento da situação em que se encontra o
país, e, de imediato estudar quais medidas a tomar em cada área ministerial.

De acordo com a Constituição do País, os novos eleitos tomam posse nos respectivos
cargos, sendo reconhecidos pelos países participantes da Organização das Nações Uni-
das, a ONU – portanto, aptos a desempenhar suas funções e governar em nome do po-
vo que os elegem. De imediato, o Presidente eleito anuncia o novo formato ministerial
que o auxiliarão na execução do seu programa de governo, de acordo com o que foi
prometido em seus pronunciamentos de campanha.

A imprensa a tudo assiste e aguardam ansiosamente o anúncio dos nomes escolhidos
pelo Presidente para compor o seu Ministério. Como não poderia deixar de ser, é
grande a expectativa por parte dos Poder Legislativo, como também, dos Governado-
res eleitos, que gostariam de ver os escolhidos como um potencial aliado para que os
projetos elaborados pelos seus estados, possam ser contemplados com os recursos
necessários às suas execuções, sem problemas.

Evidente que, numa situação como essa, nem todos saem ganhando, com isso as mo-
vimentações políticas-partidárias assumem um papel de alta relevância, eis que, desse
movimento surgirão o estabelecimento da situação e da oposição. E assim tem início a
administração de cada governo, nem sempre com bom tempo, pois, as turbulências fa-
zem parte do jogo democrático, e, as minorias se sentem na obrigação de exercer o
seu papel, para não cair no esquecimento de seus eleitores.

Mas… como ficam os governos Estaduais? E aquela promessa da imprescindível logísti-
ca, sem importante plataforma, o apregoado desenvolvimento sucumbirá, pois, o novo
Ministro ainda não foi recebido pelo Presidente para discutir o problema. E agora? Cal-
ma, está prevista para o próximo mês a primeira reunião ministerial, onde todos os Mi-
nistérios deverão apresentar um a um, todos os problemas que afetam as suas respec-
tivas pastas.

Bem, os cem dias de governo já se passaram, e a logística? Calma, um processo licita-
tório deverá ser aberto em noventa dias, e tudo será resolvido, mas, os governadores
pressionam, já se passaram mais de seis meses de governo e nada… essa é a história
que se repete a cada período de governo, mas, no final de cada mandato, aí sim, tudo
será diferente, os recursos aparecerão, e as obras serão iniciadas…pobre Brasil.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA – – Economista




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