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Artigos • 18 set, 2022

Caminhos da vida ( Venildo Trevisan – frei )


 

Quando viemos a esse mundo, nada trouxemos. Ao sairmos dele, nada levaremos. Aqui estamos com nossos sonhos, com nossos ideais e com nossas esperanças.

Aqui estamos com nossas energias, com nossas capacidades e com nosso modo peculiar de realizar algo que contribua com a nossa felicidade e com a felicidade de toda a humanidade.

Essa contribuição poderá não ser tão fecunda e tão enriquecedora quanto seria do desejo pessoal, pois somos seres limitados.

Mas o desejo de contribuir com os apelos de tantos e tantas que aguardam é imenso, é ilimitado. Essas são realidades que darão ânimo e coragem de não parar de lutar em vista de tantos valores talvez desconhecidos de muitos.

Esse mundo de valores e de grandezas, de lutas e de conquistas, de vitórias e de derrotas, será o permanente palco no qual teremos oportunidade de mostrar nossas capacidades e de realizar algo que seja orgulho pessoal e conquista para a humanidade.

Não podemos esquecer que estamos nesse planeta com a incumbência de administrar os bens, tanto materiais quanto espirituais. Lembremos que, para tanto, somos agraciados com dons suficientes para realizar essa tarefa.

Deus sabe do que somos capazes e confia em cada ser humano. Espera que cada qual administre e faça produzir os frutos necessários para a felicidade de todos. Disso todos sabemos. Todos estamos cientes de nossas responsabilidades, não haveria necessidade de maiores esclarecimentos.

Contudo, nem todos se empenham com a devida seriedade nessa missão. Existem os maus administradores.

Existem os que, ao se verem revestidos de poder, se aproveitam e, conforme o profeta Amós, “engolem os pobres e fazem perecer os humildes da terra. Fazem leis que favoreçam os poderosos. Alteram os preços e exploram a inocência do povo simples”.

Diz, então, o profeta: “O Senhor jurou pelo orgulho de Jacó: ‘Não esquecerei jamais de nenhum de seus atos’” (Amós 9:4-7). Deus parece tardar, mas não falha.

Confia responsabilidades e aguarda respostas. Não quer vingança. Quer participação e colaboração para a felicidade de todos. Não aceita privilégios. Quer servidores. Quer pessoas dispostas a servir com alegria.

Assim seria a humanidade na qual cada qual veja no outro não um competidor, mas um irmão. Cada qual colocando seus dons à disposição da comunidade, partilhando e comungando responsabilidades pessoais e enriquecendo de amor e de paz, irradiando esperança alegre e feliz.

Seria maravilhoso se a humanidade caminhasse na solidariedade e na partilha de dons e de bens. Seria maravilhoso todos unidos na luta para eliminar tudo quanto esteja dificultando a convivência entre os humanos. E poder olhar um para o outro com um olhar espontâneo e confiável.

Seria maravilhoso se conseguíssemos eliminar as divisões e comungar a unidade na diversidade. Diferentes etnias, diferentes idiomas, diferentes maneiras de viver a fé, diferentes maneiras de cultuar as divindades. Celebrar a unidade no amor, no respeito, nos sonhos, na esperança, na alegria e na confiança. ( Fonte – Correio do Estado)




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