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Artigos • 13 out, 2022

Caminhos da Vida ( Venildo Trevizan)


A LEPRA CRIAVA UMA SITUAÇÃO DEPRIMENTE – Uma virtude muito nobre está faltando em muitas pessoas, é a virtude do reconhecimento. Reconhecer os favores recebidos. Reconhecer as próprias limitações, as próprias fraquezas. Reconhecer que os outros são importantes. Reconhecer que alguém é melhor, é mais competente do que eu.

Os filhos saberem reconhecer os dons e as qualidades de seus pais. Reconhecerem o empenho e tantos sacrifícios investidos em favor de uma boa formação, tanto civil quanto religiosa. No campo intelectual, a luta por um curso superior para poderem estudar e se formar em alguma especialidade que se torne orgulho ao ver o sucesso de suas lutas. Nada mais justo do que o sucesso.

Os pais também precisam reconhecer o esforço e a dedicação dos filhos em corresponder à confiança neles depositada. Saber compreender o tanto que se esforçam para alcançar o desejado. Ter paciência quando não conseguirem os resultados esperados. Saber lidar com as fraquezas e as limitações.

Nada mais nobre do que buscar na Bíblia Sagrada a necessária luz para não perder de vista o tanto que é belo reconhecer que existe um Deus que nos ama e nos convida a caminhar no caminho da paz e da prosperidade.

O Mestre dos mestres estava caminhando para Jerusalém. No caminho, foi surpreendido por 10 leprosos que, por respeito à lei, pararam ao longe e gritaram: “Senhor, tende compaixão de nós”. Segundo a lei, quem fosse acometido dessa doença, além de ser considerado possuído do demônio, teria de viver longe do povo e até dos familiares. Quando alguém se aproximasse, deveria gritar para que se afastasse.

Diante disso, o Senhor lhes diz: “Vão, mostrem-se ao sacerdote”. Enquanto estão indo, eis que ficam curados. Um deles, que era samaritano, ao ver-se curado, voltou, glorificando em alta voz. Prostrou-se aos pés do Senhor e não parava de lhe agradecer.

Vendo isso, disse o Senhor à multidão que o seguia: “Não foram 10 os leprosos? Onde estão os outros nove?!”. Admirado de tanta hipocrisia entre os curados, desabafou: “Não se achou senão esse estrangeiro que voltasse para agradecer?”. E lhe disse: “Levanta-te. A tua fé te salvou” (Lc.17: 11-19).

De 10, apenas um reconheceu o favor e o milagre que Deus lhe concedeu e lhe agraciou. Os demais, com certeza, celebraram com seus familiares e amigos a cura que tanto era sonhada e esperada.

A lepra criava uma situação deprimente. Quem por ela fosse atingido cairia
na depressão, no desgosto e na sensação de ter de amargar o restante da vida.
Essa doença seria um inferno interminável.

Felizes os que conseguissem algum meio de se libertar, e Deus seria o caminho mais confiável para suplicar um milagre, fato esse que seria celebrado com toda a alegria possível.

Fonte – Correio do Estado (MS)




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