Corumbá, Ladário e região, pedem socorro urgente, pois, além da
Pandemia que assola o nosso país, a Cidade Branca também está afetada,
e da mesma maneira, a vizinha Ladário já conta sua população afetada, e
até mortos pela Covid-19. Entretanto, o Pantanal é que atualmente vem
apresentando o maior risco à população das duas cidades, ocasionado por
intermináveis focos de queimadas, de onde se emanam espessas nuvens
de fumaças, prejudicando fortemente a saúde da população em geral.

A falta de uma política responsável no combate aos incêndios que por
muitas décadas vem solapando o bioma pantaneiro, podendo inclusive
levá-lo ao colapso, tanto no tocante ao solo, mas, principalmente a sua
fauna e flora, pode afetar em definitivo, a principal economia da região,
qual seja, a sua pujante pecuária. Exemplo já temos de sobra: a região do
Taquari, transformado em um imenso chaco, que levou ao estado de
pobreza dezenas de pequenos criadores.

Durante décadas assistimos e ouvimos discursos inflamados de políticos e
de representantes dos pecuaristas, que no Plenário do Senado da Repúbli-
ca apresentam suas reivindicações, baseadas na vivência secular desse
verdadeiro Santuário Ecológico, mas que se apresenta muito frágil em re-
lação a atitudes predatórias que representam uma grave ameaça a sobre-
vivência de toda espécie de vida ali existente.

Os proprietários das terras pantaneiras, criadores de gado, contribuintes
da maior parcela do ICMS do nosso Estado, assistem com muita preocupa-
ção, a falta de uma ação consistente de prevenção contra esses incêndios
que como pode ser visto, tem ameaçado até mesmo as vidas das pessoas
que habitam e trabalham nessa região. O que fazer e como fazer? Depois
de tantos projetos e discursos, resta à população um grito de protesto em
que estejam engajados toda a sociedade organizada, em especial, a classe
médica e os pecuaristas.

Toda a classe política de nosso Estado, de governador a vereadores da re-
gião pantaneira, deveriam de maneira vigorosa lançar um protesto contra
a inércia do governo federal em relação ao Pantanal e suas riquezas natu-

rais. Como disse anteriormente, um discurso de forma isolada, jamais
encontrará eco na imensidão de projetos apresentados por deputados e
senadores de todo o país. Porém, um movimento bem organizado, com a
participação da população, pode sim, encontrar um meio de sensibilizar os
gestores da área ambiental da República, pois que, o nosso Pantanal já
conquistou a simpatia do Turismo Internacional, e representa importante
entrada de recursos em nossa economia.

A elite política, empresarial e social da Cidade Branca, devem motivar
seus cidadãos , utilizando todos os veículos de comunicações, inclusive, as
redes sociais, para que seja alcançado o sucesso na realização desse pro-
texto em defesa do Pantanal, de sua gente, de sua fauna e de sua flora,
que bem poderá alavancar a economia dessa região, quem sabe até, com
a entrada de recursos externos.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista