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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 22 mar, 2022

O que foi feito de tudo


(por Mário Montanha Teixeira Filho) –

Vejam só. Nós éramos radicais ameaçadores da lei e da ordem, segundo nossos desafetos. Isso nunca chegou a ser exagero. Fizemos coisas que não fariam os cautelosos. Questionamos tudo, sem papas na língua, sem medo. É possível que houvesse uma ponta de inconsciência nesse comportamento. Foi como atropelar cuidados e desprezar ameaças, numa onda avassaladora de contestação. Valeu a pena, mas nos faltava profundidade. Nossos debates eram carentes de método, e se reduziam, quase sempre, a uma troca primária de experiências. Por isso não surpreende que, muitos anos transcorridos, alguns de nós tenham sucumbido à institucionalidade.

Hoje, é fácil perceber que a nossa revolução não sobreviveria por muito tempo. Atores daquelas lutas venderam sua alma aos antigos inimigos, enquanto outros se transformaram em figuras carimbadas de cerimônias formais e vazias. Sem contar os que desapareceram na nuvem da mesmice ou se acomodaram por completo. Desfez-se a trupe, porque não poderia ser diferente, ainda que aquela época romântica tenha deixado um punhado de boas histórias. Fonte – Blog do Zé Beto




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