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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 21 nov, 2022

Políticas e Ciências Associadas


Em um país de dimensão continental como é o nosso Brasil, com um
índice muito alto de analfabetismo, cuja origem está na péssima
distribuição de receitas, aliadas a corrupção e a uma remuneração aos
profissionais da educação básica, constituem enormes dificuldades para
que a base da pirâmide social do país, tenha acesso a uma educação de
qualidade, e que permita entender o significado da palavra “Ciência” que
para a maioria dos excluídos, soa como se fosse algo tão difícil quanto
complicado, portanto, de difícil entendimento.

Desmistificando o termo “Ciência”, podemos dizer que se trata do conhe-
cimento atento e aprofundado de algo. Citando como exemplo, o plantio
da agricultura de subsistência praticadas pelos povos indígenas bem antes
do descobrimento do Brasil. A constante observação do movimento ou
fases da Lua, proporcionou à eles o conhecimento da época certa para o
plantio, colheita, como também dos períodos chuvosos. Também, os anti-
gos navegantes, se orientavam pelas estrelas para chegarem aos seus des-
tinos. É a Ciência presente desde os primórdios da civilização.

A Ciência pode também ser entendida como um corpo de conhecimentos
sistematizados, adquiridos via observação, identificação, pesquisa e expli-
cação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, assim como for-
mulados metódica e racionalmente. Com o avanço do conhecimento hu-
mano, a Ciência também evoluiu, porém, com uma velocidade impressio-
nante, abrangendo uma enorme gama de atividades que passaram a com-
dição de imprescindíveis às rotinas das nações.

O termo Política, significa o governo de um pais e do seu povo. No Brasil,
basta ser alfabetizado para se adquirir a condição de um chefe do Poder
Execitivo, como Presidente da República, Governadores e Prefeitos. Con-
tudo, a ausência da exigência de experiência para o desempenho de tão
importante função, o que tem motivado um absurdo atraso no desenvol-
vimento do país. O número de pequenos municípios, criados desde o iní-
cio do período Republicano, atendendo enorme pressão dos coronéis da
política regional.

A administração da máquina pública se torna muito onerosa, pois, cada
um desses mini-municípios, têm que ser dotados de todos os cargos tal e
qual uma grande metrópole. Agora pasmem, tais municípios não cobram

impostos relativos ao IPTU por exemplo, sobrevivendo as custas de
repasses dos Estados e da União, cujos destinos, são suficientes apenas
para o pagamento da folha salarial. Na maioria dos casos, não há alternan-
cia no poder, com determinado grupo familiar sendo eternamente privile-
giados com salários polpudos, sem qualquer retorno aos munícipes.

O Poder Executivo Federal, certamente dispõe desses dados, e poderiam
perfeitamente divulga-los para que a população tomasse conhecimento,
e, os senhores parlamentares pudessem criar mecanismos para que, ano a
ano fossem reduzindo o número de municípios fantasmas, que da forma
que subsistem, jamais evoluirão, e, aquelas que nunca saem das tetas do
poder, que criem alternativas próprias de sobrevivência.

Benedito Rodrigues da Costa
Economista




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