Campo Grande, 28/04/2024 15:26

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Artigos

Artigos • 18 fev, 2023

Quero morrer no carnaval


(por Ruy Castro) – 

Se os blocos voltaram às ruas, por que isso não poderá acontecer com os sambas?

Hoje, será um saudosista quem se perguntar sobre os sambas de Carnaval. Não os das escolas, chatos e repetitivos, mas os feitos para serem cantados pelo povo no asfalto. Sambas mesmo, não marchinhas —lindos, melódicos, de frases longas, críticos ou românticos. Acredite ou não, eles já foram a grande força do Carnaval. Eis alguns.

“Covarde sei que me podem chamar/ Porque não calo no peito essa dor/ Atire a primeira pedra, ai, ai, ai/ Aquele que não sofreu por amor…”, de Ataulpho Alves e Mario Lago, para o Carnaval de 1944. “Trabalho como um louco/ Mas ganho muito pouco/ Por isso eu vivo/ Sempre atrapalhado// Fazendo faxina/ Comendo no china/ Tá faltando um zero/ No meu ordenado…”, de Ary Barroso e Benedito Lacerda, 1945.

Bem, se um dia os sambas voltarem, já sabe: você leu sobre isso aqui primeiro.

*Publicado na Folha de S.Paulo




Deixe seu comentário