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Artigos • 09 fev, 2024

Toffoli suspende o Carnaval


(por Renato Terra, na FSP) –

Depois de suspender multas bilionárias, ministro resolveu triplicar a aposta

Aturdido com a repercussão da decisão de suspender as multas bilionárias da J&F e da Novonor (antiga Odebrecht), o ministro Dias Toffoli voltou a surpreender o Brasil. Em nova decisão monocrática, o juiz do STF suspendeu o Carnaval.…

A decisão do ministro vale até que foliões consigam analisar material da Operação Sérgio Momo, que investiga se houve conluio entre organizadores para a criação de bloquinhos secretos. Indícios apontam para um cartel formado com o intuito de burlar horários e locais de festejos carnavalescos.

Segundo analistas, Toffoli dobrou a aposta mantendo a mesma lógica. “Tudo indica que J&F e Odebrecht se envolveram em corrupção. Tudo indica que as investigações dos casos de corrupção foram corrompidas. Sendo assim, para manter a coerência, o melhor a fazer é conceder uma polêmica decisão de maneira monocrática. Tudo indica que o Brasil tenta corrigir seus erros criando novos erros”, explicou à ONG Transparência Baixo Augusta.

A Operação Sérgio Momo investigou ataques de hackers a celulares de organizadores, músicos e foliões. Os hackers divulgaram trocas de mensagens entre Momo e os organizadores que evidenciam a criação de blocos secretos por debaixo dos panos.

No final do dia, Toffoli anunciou um extenso pacote de suspensões. Todas obedecendo o mesmo raciocínio lógico. Uma série de decisões monocráticas deixam em suspenso o uso de cream cheese no sushi, a aplicação de ketchup na pizza e uso irresponsável de sunga, meia e tênis. O juiz do STF não delimitou um prazo para o fim das suspensões.

Temendo serem os próximos da sanha de suspender elementos que simbolizam uma cadeia de equívocos, produtores de uvas passas e de frutas cristalizadas criaram um lobby para defender seus interesses.

Na contramão das decisões monocráticas de Dias Toffoli, setores da sociedade se articulam para pôr em prática decisões democráticas que viabilizem a criação de novas multas. Depois de punir empresas envolvidas em corrupção, a ideia do movimento é multar pessoas físicas que usam a palavra “disruptivo” desmesuradamente, cidadãos que classificam seus gostos musicais como “eclético”, casais que escolhem restaurantes por causa dos ambientes instagramáveis e –mais grave– indivíduos que insistem em fazer harmonização facial.




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