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Política • 19 jun, 2023

Comunidades terapêuticas em busca de soluções tem reunião produtiva


Pela primeira vez a Assembleia Legislativa toma a iniciativa de provocar um debate sadio em busca de soluções para um problema que a sociedade finge ignorar por vários motivos. 

(Foto Eduardo Cesar) –  Membros da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades  Terapeuticas – liderados pelo deputado Pedro Pedrossian Neto  se reuniram nesta segunda feira na Assembleia Legislativa para discutir os critérios para credenciamento de comunidades terapêuticas no SUS (Sistema Único de Saúde).

“Todo cidadão que vê essa situação se assusta com o nível de dependência química que existe”, aponta o parlamentar. Ao propor o colegiado, anteriormente, Pedrossian Neto citou que a situação é problema comum de diversas famílias, que acabam sofrendo junto dos que possuem dependência.

Para contribuir com o debate, o coordenador da Rede de Atenção Psicossocial da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Éverton Stringheta Junior, reforçou que o tratamento de pessoas com dependência é multidisciplinar e o trabalho precisa ser singular.

“Não vamos falar só da necessidade de psicólogo e psiquiatra, é importante o saber espiritual. Temos [Raps e comunidades terapêuticas] várias coisas que vão de encontros, mas precisamos pensar e resolver os desencontros”.

A Frente Parlamentar liderada pelo deputado Pedrossian Neto também convidou a defensora pública de Mato Grosso do Sul Eni Diniz. Para ela, as comunidades terapêuticas precisam “abrir as portas” para a saúde, para entregar um bom trabalho.

“Como podemos pegar uma pessoa desorganizada [com dependência] e dizer que ela precisa entrar na caixinha e que vai ficar bem?”, questiona. A defensora afirma que é necessário plano individual de atendimento.

Hoje, acrescenta, as comunidades terapêuticas estão na informalidade e que é necessária a capacitação e desenvolvimento como preconiza o tratamento humanizado.

Completando a mesa de autoridades, a diretora-adjunta da Subsecretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Campo Grande, Bárbara Mesquita, comentou sobre o trabalho que oferta 100 vagas nas comunidades terapêuticas.

“Nós conseguimos trazer os setores pra criar um trabalho que desse resultado que não havia. Criamos no comitê, a junção de saberes vai colaborar o resultado, que é atender a pessoa que está desguarnecida”.

Próximos passos

O próximo passo será visitar uma das comunidades terapêuticas para analisar a situação e, desta forma, construir um projeto piloto com os critérios necessários para credenciamento dos grupos.




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