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Política • 11 fev, 2022

Mais de 10 secretários do governo e prefeitura devem disputar as eleições


Mudanças vão acontecer tanto no primeiro como no segundo escalão até o início de abril, quando os chefes das pastas devem abandoná-las para ir às urnas

Uma reforma do secretariado no governo do Estado e na Prefeitura de Campo Grande se avizinha com o passar do tempo e a proximidade das eleições de outubro.

Nesse pleito, estarão em jogo regionalmente os cargos de deputado estadual e federal, senador e governador, além do posto de presidente da República.

Com a disputa pelo Executivo e pelo Senado mais restrita aos grandes e mais populares nomes do cenário político sul-mato-grossense, cabe ao secretariado, geralmente colocado em segundo plano perante governadores e prefeitos nas ações públicas, brigar por uma vaga na “elite política” do Legislativo, buscando cadeiras na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal.

A perspectiva até aqui é de que pelo menos 11 cargos, somando os escalões estadual e campo-grandense, fiquem vagos até o dia 2 de abril, prazo máximo para que candidatos em outubro tenham se desincompatibilizado de seus respectivos cargos públicos.

No Estado, são nove cargos em aberto: um deles é o de secretário de Estado de Saúde, ocupado por Geraldo Resende, que deve concorrer a uma das oito vagas na Câmara dos Deputados. Na semana passada, ele disse ao Correio do Estado que, em Brasília (DF), se eleito, vai continuar a missão de combater a Covid-19.

O secretário de Estado da Infraestrutura, Eduardo Riedel, é outro que já avisou que deixa o cargo para integrar um plano político bem mais ousado. Pelo PSDB, ele, que nunca exerceu mandato eletivo, vai brigar pela sucessão de seu chefe, Reinado Azambuja.

Outro que quer virar deputado federal é o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Elias Verruck.

Ex-diretor corporativo do Sistema Fiems (responsável pela gestão estratégia do Sesi, Senai e IEL e Fiems), o secretário, um dos mais prestigiados por Azambuja, é doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial, título obtido em instituição espanhola.

Maria Cecília Mota, secretária de Estado de Educação da gestão tucana, quer concorrer a uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa. Ela também nunca ocupou mandato eletivo.

Embora não tenha oficializado nem negado a pré-candidatura, Eduardo Rocha, deputado estadual licenciado e atualmente secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica – desde em dezembro do ano passado –, pode concorrer ao quarto mandato.

Do MDB, ele assumiu a Segov, uma das mais importantes secretarias do governo peessedebista. Marido da senadora Simone Tebet, pré-candidata à presidência da República, a missão dele é prestar uma espécie de assessoria direta e imediata ao governador.

João César Mattogrosso, tucano, também quer mandato de deputado federal. Vereador eleito em 2020, ele deixou a Câmara Municipal para se tornar secretário de Estado de Cultura e Cidadania.

Também deve afastar-se do governo para disputar vaga na Assembleia Legislativa a subsecretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja. Embora o sobrenome seja igual, ela não é parente de Reinaldo.

Walter Carneiro Júnior, chefe da Sanesul, deseja também virar deputado estadual, como fez no passado seu pai Walter Carneiro. Júnior, do DEM, já ocupou cargo de secretário de Fazenda no período em que o vice-governador Murilo Zauith assumiu a prefeitura douradense, seu berço político.

Por fim, o chefe do Procon estadual, Marcelo Salomão, também ambiciona mandato de deputado estadual.

PREFEITURA

As baixas no primeiro escalão da Prefeitura de Campo Grande podem ser maiores, no entanto, apenas dois secretários têm admitido que deixam o cargo para concorrer a mandato em outubro, ambos na Assembleia Legislativa.

Pedro Pedrossian Neto, secretário municipal de Finanças e Planejamento, quer estrear na política e seguir os passos do avô, brigando por uma cadeira de deputado.

Também quer virar deputada estadual a secretária municipal de Saúde, Elza Fernandes Ortelhado, conforme informações de bastidores que foram levantadas pela reportagem.

Outras possibilidades são cogitadas, mas estão longe de serem certas, como é o caso do chefe da Segov, Antônio Lacerda (senador), e da subsecretária das Mulheres, Carla Stephanini (deputada estadual).

 

CELSO BEJARANO, NYELDER RODRIGUES – CORREIO DO ESTADO 




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