Capa Memorial Mário Palmério

 

(Camila Cantóia Dorna) – 

Mário de Ascenção Palmério nasceu em Monte Carmelo/MG, em 1º de março de 1916, e faleceu em Uberaba/MG, em 24 de setembro de 1996.

Professor, romancista, político, compositor e musicista, Mário Palmério foi um grande visionário na área da educação.

Em uma época em que poucos tinham a oportunidade de estudar, ele abriu escolas no interior de Minas Gerais, em Uberaba, com a intenção de democratizar o ensino.

Palmério começou a vida de educador, professor de matemática,na época que se mudou para a capital paulista para fazer o magistério secundário. Em 1939, ingressou na seção de Matemática da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e passou a lecionar no Colégio Universitário da Escola Politécnica.

Ao voltar para Uberaba, Mário Palmério e a irmã Maria Lourencina fundaram o Liceu do Triângulo Mineiro, oferecendo poucos cursos: um cursinho de madureza, um preparatório para carreira bancária e um Curso para Exames de Admissão. Mas rapidamente, o Liceu se estruturou e passou a oferecer um curso primário e, um ano depois, obteve a autorização federal para a criação de um curso secundário, surgindo o Ginásio Triângulo Mineiro.

Em novembro de 1947, o Ginásio do Triângulo Mineiro recebeu autorização para o funcionamento da Faculdade de Odontologia.  E eleito deputado federal pelo primeiro mandato, Mário Palmério fundou em 1951 a Faculdade de Direito, sendo também um dos grandes responsáveis pela implantação da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM) , no ano de 1954. Dois anos depois, em 1956, Palmério fundaria a Escola de Engenharia.

No ano de 1972, a instituição passou a se chamar Faculdades Integradas de Uberaba (FIUBE) e devido à grande demanda de cursos de graduação, fez-se necessário a criação de um novo complexo de edifícios que formaria o Campus II da Fiube, inaugurado em 1976.

A Fiube incorporou em 1981, as Faculdades Integradas Santo Tomás de Aquino (Fista), outra importante instituição de ensino superior de Uberaba. Sete anos mais tarde (1988), a Fiube alcança uma grande conquista, consegue a autorização do Ministério da Educação para se transformar em Universidade de Uberaba (Uniube).

Mário Palmério seguiu carreira política entre os anos 1950 a 1958 como Deputado Federal, fundando o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Uberaba.
Na Câmara foi vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura e na reeleição passou a integrar a Comissão de Orçamento e a Mesa da Câmara.
Em 1958, o deputado reelegeu-se pela terceira vez. Doze anos depois, Mário Palmério candidatou-se à prefeitura de Uberaba, não sendo eleito.

Em setembro de 1962, assumiu a Embaixada do Brasil no Paraguai, nomeado pelo então presidente, João Goulart, deixando o posto em 1964. Neste período, Mário Palmério se revelou como compositor de música popular cantada em espanhol, tendo como o seu maior sucesso, “Saudade”, que foi interpretada por músicos como Fagner e Joanna.
Em 1969, Mário Palmério partiu sozinho para Manaus, onde construiu um barco, o Frey Gaspar de Carvajal , no qual viveu navegando, por 10 anos, por rios e igarapés da região, registrando as realidades socioculturais dos povoados indígenas, o trabalho dos mineradores, seringueiros e militares. Devido a problemas de saúde, retornou a Uberaba.

Outra atividade que exerceu foi a de escritor. Seus principais livros são: Chapadão do bugre (1966) e Vila dos Confins (1956)- um dos maiores best-sellers da literatura brasileira- que retratam a vida dos moradores do interior de Minas Gerais e ainda o romance O Morro das Sete Voltas, que deixou por publicar.
Suas obras literárias o levaram a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras (1968), ocupando a cadeira de número 2, que pertencera a Guimarães Rosa, em 4 de abril de 1968.

Devido o seu amor pela terra natal, Mário Palmério trouxe para nossa cidade o Campus VI da Uniube, em 1990, oferecendo os Cursos de Administração de Empresas e de Pedagogia.

Antes de falecer, o ilustre filho de Monte Carmelo manifestou grande vontade que o campus fosse doado ao povo de Monte Carmelo, transformando o Campus VI da Uniube em uma Fundação, a qual levaria o seu nome. Dessa maneira, em 1997, o Campus da Uniube de Monte Carmelo transformou-se em Fundação Carmelitana Mário Palmério- FUCAMP, iniciando suas atividades no ano de 2000, deixando assim esse grande legado para a cidade onde nasceu.

Cinquenta e sete (57) Sócios-fundadores acreditaram na FUCAMP e, ao longo desses 16 anos, a transformaram em referência da educação Ensino Superior na região, oferecendo hoje doze Cursos Superiores, todos muito bem avaliados pelo MEC.

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