Campo Grande, 27/04/2024 19:11

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Política

Política • 22 mar, 2022

Seminário da ALEMS debate a ZEE e os recursos hídricos do Estado


 

As palestras na manhã de ontem  (21), no III Seminário Estadual das Águas abordaram o Zoneamento Ecológico Econômico e os Recursos Hídricos em Mato Grosso do Sul. O propositor do evento híbrido é o coordenador da Frente Parlamentar de Recursos Hídricos, deputado estadual Renato Câmara (MDB). Acompanhe o seminário pelo Canal 9 da Claro Net TV, TV ALEMSYoutubeFacebookRádio ALEMS e aplicativo Assembleia MS (Android/iOS).

Na conferência com o tema “Águas Urbanas e o Zoneamento Ecológico Econômico”, o professor Tito Carlos Machado de Oliveira, doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), abordou o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), em Mato Grosso do Sul. “Atuei desde a primeira aproximação [escalas], em 1985, e trago hoje grandes notícias, o mundo já tem tecnologia suficiente e economia para alimentar mais que a população mundial, é preciso organizar a política, temos instrumentos necessários para a convivência do humano com meio ambiente, sem macular o meio ambiente. O ZEE é um instrumento efetivamente revolucionário, com papel importante na construção da sustentabilidade e bem viver, é um instrumento de planejamento de território, o meio natural não pode se confundir com o meio econômico, e vem para cumprir algo extremamente importante, tudo tem um preço, a utilização do meio ambiente também”, destacou.

O professor Fábio Martins Ayres, doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional , falou sobre o ZEE em Mato Grosso do Sul, como instrumento de gestão dos recursos hídricos “É necessário debatermos para encontrar soluções para o melhor uso destes recursos hídricos. Na preocupação relacionada à gestão dos recursos hídricos, temos algumas temáticas que nos chamam a atenção, entre elas o território organizado, que permite fazer uso da forma melhor forma aproveitando seu potencial econômico, respeitando suas vocações e relevâncias ambientais. Temos a condição de trabalhar essa relevância, entendermos onde está Mato Grosso do Sul, o que representa geograficamente o Estado para o mundo, as bacias hidrográficas, a qualidade da água, se trabalharmos de forma organizada nos permite grande exercício para o nosso território, aqui temos mais de 100 mil nascentes. Precisamos trabalhar de forma multidisciplinar, incorporar o ZEE na gestão territorial com o plano diretor do município de Campo Grande, somamos a legislação de Meio Ambiente com a urbanística, na lei temos previsto o instrumento de índice de sustentabilidade. Há também nossos trabalhos de academia para fortalecer e integrar e alfabetização cartográfica usando ZEE, entre outros”, destacou.

Ana Luzia de Almeida Batista, representa o Rotary Club

Sobre os questionamentos que houveram após as palestras dos professores, Ana Luzia de Almeida Batista, representante Rotary Club, destacou o avanço do Brasil em leis que protegem o Meio Ambiente.  “Nos anos 80, a legislação e a lei ambiental foram anteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. Percebi necessidade de orientação nas perguntas dos municípes sobre instrumentos de gestão, pagamento de serviços ambientais, Zoneamento Ecológico Econômico, e também o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS] Ecológico. E percebo que a respeito do ICMS existem também muitas dúvidas a respeito dos municípios, e estamos discutindo pois esperamos construir para as nossas e futuras gerações um mundo melhor para se viver”, disse.

A mediadora do debate foi a professora Doutoura Maria Helena da Silva Andrade. “Estas falas despertam reflexões, e é isso que queremos aqui, o nosso próximo passo é a municipalização. Atender os objetivos e fazer o que sabemos para garantir dias melhores para todos e para sempre”, frisou. A mestre em Saneamento Ambiental, Sueli Santos Teixeira também participou como relatora representando a Via MS Engenharia.




Deixe seu comentário