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Política • 13 mar, 2023

Vista como traidora e oportunista, Soraya volta a atacar Bolsonaro e apoiadores


(De Brasília)

Nas eleições de 2018 e no início do seu mandato, Soraya Thronicke apoiou Bolsonaro.

Soraya em apoio à candidatura de Bolsonaro em 2018 (Foto: Divulgação )

Vista como traidora e oportunista por se aproveitar da boa popularidade de Jair Bolsonaro (PL) para se eleger uma das representantes de  Mato Grosso do Sul nas eleições de 2018, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) voltou a atacar o ex-presidente e seus seguidores durante recente entrevista a setores da imprensa nacional.

Logo depois do ato de invasão e depredação das sedes dos três poderes da República no dia 8 de janeiro, que teve a nítida participação de petistas e militantes de partidos de esquerda aliados ao presidente do Lula (PT), a senadora começou a recolher assinaturas para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso.

Além do argumento da contribuição do Legislativo à apuração do que aconteceu e punição dos responsáveis, Soraya entende que a CPI poderia ter um caráter pedagógico: ensinar aos eleitores que se posicionam à direita que o comportamento dos que invadiram e depredaram os prédios não é o comportamento que se espera de um cidadão conservador.

“As pessoas precisam saber o que é conservadorismo”, afirma Soraya ao Congresso em Foco. “Precisam entender que, com Bolsonaro, embarcaram na canoa errada”, disparou ela, que foi desmoralizada pelo ex-presidente e candidato à reeleição durante debate ao vivo de televisão, no primeiro turno das eleições de outubro do ano passado.

À época, Bolsonaro comprovou, expondo um ofício, que a senadora usou a sua imagem para se eleger por Mato Grosso do Sul e o abandonou depois que o presidente não cedeu a sua pressão por cargos federais para acomodar cabos eleitorais e apoiadores.

“Ser conservador é justamente trabalhar para que as instituições se conservem. Pregar golpe não é ser conservador”, continua a senadora, sem citar a forte influência dos atuais governistas e militantes petistas infiltrados no ato em 8 de janeiro.

Ao contrário, ela alerta, o discurso antissistema do bolsonarismo busca destruir o que está estabelecido, não conservar. “É reacionário, não conservador”, reforça.

“Além de um equívoco, o bolsonarismo não é a direita”, acrescenta a senadora rebelde que foi e até hoje é hostilizada nas redes sociais e publicamente devido a sua postura política de ‘virar a casaca’ após receber um caminhão de votos as custas da imagem de Bolsonaro.

Rompimento

Soraya pediu votos para Bolsonaro (Foto: Divulgação )

Nas eleições de 2018 e no início do seu mandato, Soraya Thronicke apoiou Bolsonaro. Ela começou a ficar conhecida e se destacar nas manifestações de protesto contra o governo Dilma Rousseff na Copa das Confederações. E foi eleita na esteira do crescimento do pensamento de direita a partir daí. Mas rompeu com Bolsonaro.

“Na ausência de uma liderança de direita, ele se apoderou da ideologia. Foi oportunismo. Ele não me enganou. Eu avisei tudo isso. Mas fui uma voz isolada”, diz a senadora, na tentativa de convencer as pessoas de que não traiu a confiança de Bolsonaro e dos apoiadores do ex-presidente. ( Fonte Conjuntura on line)




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