Acabo de ler um texto que me foi enviado por meu filho de Curitiba, Eli Firmeza, que me fez recuperar o orgulho de ser jornalista, em baixa nestes tempos de elevada desinformação.

O texto reproduz artigo do jornalista americano Thomas Friedman, publicado nesta semana no New York Times, mostrando com clareza que o planeta nada de braçada na estupidez ao combater o Covid-19.

Friedman ouviu especialistas em saúde pública para propor “intervenção cirúrgica” em lugar desse combate horizontal e burro (o adjetivo é meu).

Em síntese, a proposta é esta: isolar idosos e pessoas de imunidade reduzida e deixar que a infecção ocorra livremente entre todos os demais, ou seja, permitir que o corona seja apenas mais um vírus entre tantos outros.

A RECESSÃO VAI MATAR MUITO MAIS

A recessão que já corre solta no mundo inteiro vai matar muito mais gente e de modo bem mais cruel – de fome, pelo desemprego, pela violência e tudo mais que acompanha o baixo desempenho da economia.

Essa estupidez no combate já se juntou a outra, talvez maior, que é a baixa qualidade da nossa classe política…

Neste momento, por exemplo, os governadores dos estados mais populosos do país – São Paulo e Rio de Janeiro – fingem combater o vírus, mas estão, desde o início da crise, trepados no palanque da sucessão presidencial do longínquo 2022. Nem o isolamento dos idosos, que vivem nas favelas, em ambientes promíscuos, foram capazes de providenciar.

A mídia informa que já foi confirmado um caso na Cidade de Deus (RJ) e há vários suspeitos em Paraisópolis (SP). Só Deus mesmo para nos salvar de uma catástrofe.

DESGOVERNADORES

Outra falha clamorosa de certos governadores brasileiros, além de virar as costas para a necessária integração e união nacional, é não terem se reunido com os prefeitos, antecipando-se, orientando e exigindo um planejamento único, integrado, coordenado e orientado por especialistas em Saúde Pública.

Essa omissão já trouxe como consequência, por exemplo, coisas bizarras como a decisão das prefeituras do ABC paulista de suspender a circulação de ônibus, esquecendo-se de que os funcionários de hospitais e clínicas se utilizam do transporte público para trabalhar.

https://braziljournal.com/coronavirus-medicos-defendem-abordagem-cirurgica-em-vez-de-lockdown-indefinido?fbclid=IwAR3toIyGnngrMD62QQqx5wza6gLPW-_lpd-ACce6t6FCSMlLfl1qWuRhzjg