As obras de reconstrução da MS-436 entre Camapuã e Figueirão foram planejadas para durar pelo menos dez anos, segundo a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) de Mato Grosso do Sul. O pavimento original havia sido entregue em 2013, mas em quatro anos já estava esfarelado.

O governo atual culpa a falta de um projeto executivo que considerasse, por exemplo, a profundidade do lençol freático.

Além disso, a deterioração pavimento representava um risco para os motoristas, já que pedaços do asfalto e pedras que ficavam soltos na pista acabavam voando ao encontro dos veículos. O pecuarista Devanir de Oliveira Alcantra, 44 anos, já arrumou três vezes o para-brisa por causa disso. “Desisti de trocar o vidro. Olha só os buracos. Toda hora tem que deixar na oficina”.

Isso sem contar os trechos intransitáveis. “Está perigoso. Aqui tem muito fluxo de caminhão e como não tem acostamento, quando a rodovia está ruim você fica sem opção e cai no buraco”, diz Joel de Oliveira, 29 anos.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do poder público, as obras começaram no início de 2018 e devem ficar prontas em meados de agosto “É uma obra nova e hoje nós estamos gastando duas vezes o dinheiro porque quando fizeram o projeto não tiveram preocupação de fazer bem feito. Nós temos que ter respeito pelo dinheiro público”, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao visitar Camapuã na quarta-feira (16).

Para que as obras tenham maior durabilidade, a atual gestão estadual está usando uma nova concepção de engenharia, que prima pela qualidade técnica, em especial de infraestrutura.